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A parceria Marvel/Netflix entra em sua quarta aventura e talvez a mais fraca de todas, “Punhos de Ferro” traz a história do último defensor que é também a mais cansativa e sem graça de todas.

CineOrna | "Punhos de Ferro"

Quem é Danny Rand? Essa é uma pergunta que se faz muito durante a temporada da série, e até a mesmo a série não usa de seu tempo e seus longos 13 episódios para realmente explicar a história de sua personagem. Filho de um dos casais mais poderosos do país, Danny Rand (Finn Jones) é o herdeiro de uma das empresas mais lucrativas do mundo e uma das muitas viagens da família o avião que eles estavam cai em uma montanha no himalaia matando todos menos o pequeno Danny que sobrevive a queda e é criado por monges do local que residem em um mosteiro localizado em uma espécie de outra dimensão. É nesse local que Danny recebe seus poderes de Punho de Ferro e é designado para lutar contra o tentáculo, isso até o momento em que ele desiste de viver no mosteiro e volta para sua terra natal.

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Agora em Nova York, o novo Danny, agora com costumes dos monges, com roupas surradas, descalço e com longos cabelos e barba volta a empresa de seus pais para que possa ser o dono que sempre foi destinado a ser, mas ao chegar na empresa se depara que a mesma foi tomada pelos filhos de um dos sócios de seu pai. O fato de que Danny ficou sumido por 15 anos é o bastante para que eles desconfiem da identidade do jovem que diz ser Daniel Rand e é ai que começa uma longa batalha judicial para provar que ele é mesmo o último herdeiro dos Rand vivo. A série literalmente perde 4 episódios apenas com armadilhas legais e cenas de negociações até que finalmente conseguem identificar de que aquele jovem que diz ser Danny realmente é ele.

Daniel Rand agora sócio das empresas Rand pode finalmente cumprir seu propósito na Terra já que todos sabem de sua identidade. Mas, ao descobrir que o suposto morto sócio de seu pai está vivo e que ele precisa de ajuda para destruir o tentáculo que está se penetrando na empresa e destruindo a vida de todos e logo irá tomar conta da cidade, ele inicia sua jornada espiritual para finalmente se tornar o verdadeiro Punho de Ferro.

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Com a ajuda de Colleen Wing (Jessica Henwick), uma treinadora de kung fu que aparece aparentemente do nada em sua vida, e com a parceria é claro de Claire Temple que simplesmente foi jogada na série como forma de trazer mais conexão entre as histórias dos defensores, os três se unem para tentar derrubar a malvada Madame Gao (diretamente de “Demolidor“) que agora líder do tentáculo promete derrubar Nova York para estabelecer seu império.

E é através dessa alterada história que “Punhos de Ferro” acontece, com episódios totalmente desperdiçados com momentos chatos e totalmente inúteis ao andamento da série. A história não foi contada por inteiro, mas não para que possa ser contada no futuro, apenas pelo fato de que os roteiristas não conseguiram, temos aqui um comum caso de história não planejada, e sem qualquer inspiração nos quadrinhos. Os 13 episódios tornaram a história ainda mais esticada e com pontos de total tédio, diálogos pobre e o uso de muitos clichês apenas empobreceram ainda mais um fraco roteiro.

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Personagens totalmente bidimensionais estragaram ainda mais essa superprodução, não sabemos quem é Danny Rand, suas intenções e sua história. Temos uma personagem principal da qual simplesmente não conhecemos sua vida, seus poderes e quem esse é, diferente de personagens como Jessica Jones, Demolidor e Luke Cage que tem suas características bem expressadas, história bem contada e intenções claras. Além de um principal mal desenvolvido, os coadjuvantes são inexpressivos e sem graça alguma, Joy e Ward são dispensáveis e totalmente inconclusivos, e Harold é a típica caricatura do vilão maldoso que é apenas mal (apesar de não ser totalmente). Quem se salva aqui é Colleen Wing que por conta de seu carisma e uma ótima performance de Jessica Henwick, temos uma heroína completa, forte e complexa ao seu máximo, uma das maiores qualidade dessa série de poucas.

Cenas de ação mal feitas, mal coreografadas e pouco empolgantes rodeiam a série, com golpes estranhos e edições bizarras, não existe um ritmo nem qualquer tipo de controle dentro dessas cenas. Efeitos estranhos aparecem de vez em quando e assustam as vezes por conta de sua qualidade, e a trilha sonora da série é insignificante sem causar qualquer tipo de emoção.

CineOrna | "Punhos de Ferro"

Uma junção de mal roteiro, com personagens e atores mal entrosados e qualidade técnicas ruins resultam na primeira temporada de “Punho de Ferro“, que se torna a pior produção Marvel/Netflix e que piora ainda mais quando compara a suas antecessoras. Agora resta esperar para que “Os Defensores” consigam trazer o verdadeiro Danny Rand para a tela.

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5/10: Decepcionate

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