A história de “Alfa” não é nada original, para aqueles mais velhos que estão ‘cansados’ de ver donos com seus animais de estimação, citando por exemplo o próprio “Caninos Brancos” (91), “Resgate Abaixo de zero” (2006), “Amigos para Sempre” (95), “Iron Will” (94), “A Incrível Jornada” (93), ou seja, um longa a mais não irá fazer diferença, mas esse tipo de gênero de filme é feito sempre para um propósito e um público específico, pais e crianças, afim de desenvolver um laço dos pequenos aos animais, sejam eles selvagens ou domésticos.
Vemos o longa se passar na Europa antiga, especificamente 20.ooo anos atrás, especificamente aonde nesse continente é um mistério, provavelmente seja o norte europeu, visto que em um momento do longa aparece a aurora boreal. Mas vamos lá, uma tribo em um terminado tempo tem de sair para trazer alimento para seu povo, antes que o inverno chegue. Se perderem esse tempo, todo o seu povo pode morrer, e o líder da tribo, Tau (Jóhannes Haukur) leva seu grupo para essa missão por assim dizer, acompanhado dele está o único filho, Keda (Kodi Smith-Mcphee) que se provou digno que pode estar ao lado, mas ainda tem de provar ser homem ao resto do grupo, para um dia se tornar líder.
Em momento da caçada, o inexperiente aprendiz acaba se ferindo e deixado para trás semi morto, pois acreditavam que não poderiam salvá-lo mais. Erroneamente fazendo isso, deixaram o mesmo a sua própria sobrevivência, e é a partir daí que a jornada do herói começa, ele acaba tendo que sobreviver sozinho, automaticamente nos mostrando que está amadurecendo forçadamente pelas circunstâncias. Em um determinado ponto, uma matilha de lobos tentam atacar o mesmo, e ele acaba ferindo um deles. A matilha deixa o lobo, mas Keda, em seu bom coração decide tratar o lobo, e ao mesmo tempo tendo que curar suas feridas. E tudo o que escassamente conseguem, dividem um com o outro, comida, água e fogo. Por ser um animal selvagem, leva um certo tempo até o lobo se convencer do cuidado que o companheiro tem para com ele é de amor. Mas quanto mais tempo os dois passam juntos, mais eles acabam se tornando importantes para o outro. E a partir daí, a jornada para casa começa.
A história em si é bonita e esteticamente falando o filme é lindo, mas há muitos pontos negativos no longa. Um deles é o fato desse filme só chegar ao Brasil dublado, e não sei qual a razão, mas a dublagem parece ter sido feita de maneira preguiçosa e rápida. Os diálogos são poucos, mas muito ruins. A atuação do garoto é algo que tampouco agrega mas não se perde. A amizade dos dois é bonita, pois qualquer um que tenha um animal de estimação vai se identificar com o fato de se comunicar com o mesmo, valorizando aquele ser como seu amigo de coração. Mas confesso que para uma jornada vivida em uma época aonde tínhamos Mamutes, Tigres dentes de Sabre entre outras criaturas perigosas, pouco se vê neste longa, ou seja, a jornada tão perigosa assim não acaba sendo nada mais que monótona, sendo que o principal inimigo deles é o próprio inverno severo.
O CGI em muitos momentos peca, sendo mau produzidos, claro que isso é relevado pelo público em questão que são as crianças, um adulto claramente notará o erro ali. Levando em consideração que este é um filme nível sessão da tarde, você releva. É um longa café com leite para ver sem pretensões altas. Te diverte no sentido relação animal, te emocionando como ser humano, ao ver o quão bela é a relação do homem com o animal.
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