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Assim como eu, tenho certeza que você está empolgado em ver esse filme, e o fator principal disso são muitos, podemos citar o fato de ser uma adaptação de um dos livros do grande John Green, por você ter visto “A Culpa é das Estrelas” e achar que esse também será um ótimo filme, o fato de nesse longa uma das protagonistas é nada mais nada menos de uma das modelos mais conceituadas do mundo e queridinha pela mídia e todos, Cara Delevingne, pelo protagonista masculino ser o mesmo ator que fez o personagem Isaac no filme anterior…enfim, são várias as razões para você esperar muito de “Cidades De Papel“, mas é aí que está o erro, porquê? bom, eu explico…

Não, eu não sou uma pessoa eu não gosta desse tipo de filmes, eu acho que se há público para esse tipo de histórias eles devem ser contadas sim, e sou um grande fã do autor, assim como milhares de pessoas, mas não é só porque um filme foi bom significa que esse também será, mas o filme é tão ruim assim?! O filme com certeza irá cativar adolescentes mais novos, mas só, pessoas um pouco mais velhas irão achar o filme um tanto quanto chato e monótono, os diálogos são bem fracos e o filme não cativa, chega a cansar mesmo e a parte que mais frustra é que a protagonista desaparece e só volta a aparecer praticamente no final do filme, é óbvio que você já deve estar cansado em saber que não tem como comparar um livro com um filme, mas “A Culpa é das Estrelas” é uma prova que pode-se fazer um filme muito bom e fiel a obra original, e olha que nesse mesmo os atores Ansel Elgort e Shailene Woodley eram praticamente desconhecidos do público e super cativaram, entretanto nesse tempo dois atores conhecidos e a magia não é a mesma, o que prova que elenco nem sempre é tudo se não houver um bom roteiro para segurar.

A história você já conhece se já leu o livro, mas se não é a típica história clichê de um adolescente americano, garoto de apaixona por uma menina popular da qual acha que nunca conseguirá ficar, entretanto, a personagem em questão que seria Margo Roth não é uma personagem comum, realmente é uma menina que não está preocupada com relacionamentos, na verdade ela mal sabe o que quer, está naquela fase da vida aonde você como adolescente está se descobrindo, e ela mais parece aqueles pássaros que você não consegue prender, seu destino é estar livre e solta, ela mesmo questiona o personagem Quentin (Nat Wolff) sobre a felicidade, porque estabelecer um prazo para ser feliz ou começa a viver! São dois personagens muito diferentes mesmo, e é aí que você percebe que as obras de John Green não são sobre meras futilidades de adolescentes, existe certa profundidade nessa época da vida, pois as ações que você toma hoje vão lhe afetar amanhã. O filme se baseia em uma viagem de amigos para tentar encontrar Margo depois que ela foge de casa, em alguma das vezes você até consegue enxergar uma tentativa de ser um ‘clube dos cinco’ só que nada muito cativante, os personagens secundários são bem fracos e como dito os diálogos não ajudam em nada, chega a ser o fator desânimo do filme. Recentemente John Green veio ao Brasil para promover o filme, até fez uma pequena participação em “Malhação” (novela adolescente né), e essa turnê mundial só prova uma coisa, realmente se espera muito do filme, mas na pré que rolou no rio infelizmente muitos de decepcionaram, e provavelmente também achar isso (ou não), a questão é, se for ver o filme, não vá comparando com a culpa é das estrelas, assim será mais fácil aceitar que nem sempre grandes adaptações dão certo.