Na última quinta-feira (9), a Warner Bros. Pictures lançou aquele que vem a ser seu maior lançamento em parceria com a Legendary Pictures desde 2014 ou, mais precisamente, quando lançaram “Godzilla” e receberam opiniões mornas sobre o filme assinado por Gareth Edwards, que tinha no elenco nada mais do que Bryan Cranston, mantido em alta vide o fervor do público por sua louvável performance em “Breaking Bad“. Com Samuel L. Jackson, Brie Larson, Tom Hiddleston, John Goodman e John C. Reilly e um diretor igualmente virtuoso (até demais), “Kong: A Ilha da Caveira” revela mais do que o icônico macaco gigante em uma versão distinta das que já foram feitas ao longo de 84 anos; a predileção ao espírito de aventura em grande escala que sempre divertiu o público do Ocidente ao Oriente está de volta em cenas empolgantes, deixando de lado o destino trágico pelo qual Kong era comumente acometido. Aproximando mais do modelo original do que o gorila ampliado do longa de 2005, o Kong apresentado é o maior já visto nos cinemas que também investem em telas maiores na tentativa de chamar o público para ter uma experiência tão grandiosa quanto.
No entanto, o filme de Jordan Vogt-Roberts acaba sendo mais do que um mero remake de década que aproveita as tecnologias do momento ou um estabelecimento de uma franquia de kaiju, agora com visuais menos toscos. Considerando alguns lançamentos dos anos anteriores e futuros, além do sucesso que os “Transformers” ainda fazem no mercado chinês, fica cada vez mais evidente a aposta das produtoras (ainda assim, a Legendary mantém o posto de capitã nesse quesito) num gênero de filme que é chamativo justamente por proporcionar um entretenimento visual que está além da qualidade de roteiros, calcados em explicações rasteiras e frases que apenas são proferidas para movimentar a ação (não que isso seja de todo o mal).
E o que vem por aí? A Lionsgate está investindo pesado no seu reboot de “Power Rangers” que estreia nas próximas semanas, sabendo muito bem que se trata de uma série ainda viva no gosto do público, por mais que cada temporada esteja cada vez mais distante do que um dia foi. Será que a empolgação em ver a batalha do novo MegaZord contra o Goldar será igualmente atualizada? Pelo menos, o elenco jovem conta com o apoio de Bryan Cranston como Zordon e Elizabeth Banks como Rita Repulsa.
Antes mesmo de “Kong” estrear, o produtor Frank Marshall divulgou a primeira foto da sequência do bilionário “Jurassic World” e John Boyega (o Finn de “Star Wars: O Despertar da Força”) se mantém bastante empolgado em seu Instagram durante seus intervalos nos sets da continuação de “Círculo de Fogo” – ambos os filmes estreiam em 2018 e fica a torcida para que sejam tão divertidos quanto (a sequência do T-Rex contra a Indomitus Rex é uma das melhores coisas em JW). Sem fazer vista grossa, vale lembrar que “Transformers: O Último Cavaleiro” também está chegando, mas ver Autobots contra Decepticons pela enésima vez já parece desinteressante aos olhos…
Portanto, ainda que “Godzilla“, “Jurassic World” e até mesmo este “Kong: A Ilha da Caveira” privilegiem seus elencos estelares ao invés de darem mais tempo de tela aos monstros que tanto fazemos questão de pagar pra ver, em meio que a uma sessão nostálgica para gerações (já adultas) que passavam as manhãs em frente aos televisores de tubo, a diversão fala mais alto quando proposta de forma criativa. Joguetes multimilionários que, de uma forma ou de outra, nos fazem esquecer dos problemas cotidianos em busca de aventuras únicas combinando perigo e heroísmo.
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