Um filme que possivelmente tinha tudo para errar, devido ao fato da franquia estar começando a cansar, afinal, depois de um terceiro filme, nós sempre notamos que eles não querem fechar o arco, mas sim, continuar lucrando com a franquia, e apesar disso, “Jogos Mortais: Jigsaw” acaba surpreendendo, e muito, não posso dizer o porquê senão o risco de spoilers ficará evidente, mas vejamos alguns fatores.
Esse filme se passa anos depois da morte do assassino John Kramer que usava o famoso boneco Jigsaw como ‘porta-voz’ de suas ações. O que ocorre aqui no longa é que o mesmo esquema um número ‘X’ de pessoas começará a morrer se não cumprirem os requisitos dos jogos, e tudo leva a crer que o assassino é o próprio Serial Killer John Kramer. O longa tem uma pegada investigativa durante todo o plot do filme, mais parece que estão atrás de um fantasma, e chega em um determinado momento em que você fica, ‘qualquer um pode ser suspeito desses crimes’, nisso você já se perde, pois um joga a culpa no outro e cada ação faz você pensar diferente, mas não de uma maneira cansativa, um dos pontos bacanas desse é que ele é absurdamente bem encaixado, como um quebra-cabeça mesmo, e isso faz referência ao filme mesmo, nenhuma pergunta fica sem resposta nesse filme, e acho que isso foi o que mais me cativou no longa, não tem furos nenhum, o roteiro foi bem escrito, o enredo te leva e apesar dos diálogos não serem lá muito inteligentes eles ‘funcionam’, nada de mais também.
O que a maioria quer saber, e as mortes? é engraçado pensar nisso, pois vemos o lado sádico de nos mesmos, queremos ver a maneira como as pessoa irão morrer, e essa sempre foi a primícia de “Saw“, você quer mortes, mas não de forma comum, da maneira mais criativa possível, eu digo que de todos esse não é o melhor em mortes ‘diferentonas’, são mortes violentas mas nada de incrível, nesse aspeto o filme deixou a desejar, levando em consideração o orçamento que tiveram para fazer esse longa que não foi pouco, dez milhões de dólares, comparado com o um milhão do primeiro filme, ou seja, vemos que aqui, a questão dinheiro nem tem tanto peso, já que criatividade é o que importa, e levando em consideração também que cada filme foi feito por diretores diferentes, nesse a responsabilidade ficou por conta dos irmãos Michael e Peter Spierig, já o primeiro foi feito pelo gênio do terror, James Wan.
Resumindo, levando em considerações os prós e contras do longa, digo que de lado negativo “Jogos Mortais: Jigsaw” tem pontos bem baixos, ele surpreende mesmo pelas boas amarrações, pelo enredo curioso do desenvolvimento até o momento do plot twist que te deixa de boca aberta, esse é o ponto alto do filme, ele responde tudo, deixando aberto a oportunidade de fechar a franquia por cima, ou continuar e correr o risco de se tornar um “Resident Evil” da vida. O longa vale a pena e acredito que até os fãs mais severos da franquia vão gostar.
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