Se você busca algo para chorar, aí está! “Extraordinário” é um filme muito emocionante, e isso é válido para qualquer idade, o bom do ser humano é que independente se somos crianças ou adultos sempre nos cativamos pelo bonito, pelo desconhecido, pela emoção de algo novo, pelo extraordinário, e esse filme não deixa de ser isso, uma premissa parecida com “A Culpa É das Estrelas” por tratar como personagem principal um menino com uma doença rara, e nessa corrida logo de cara nos colocamos na pele daquela criança, o quanto será que ela sofre? como será sua vida? É algo normal para o ser humano, sentir piedade sem conhecer a situação da pessoa, nos emocionamos automaticamente só pelo ver; Resumindo isso, são alguma das coisas que passaram pela minha cabeça ao ver esse filme, um longa muito sentimental.

Sem dúvidas o diretor Stephen Chbosky, mais conhecido por ter dirigido “As Vantagens de Ser Invisível, tem um toque muito sentimental feat romântico, e isso sem dúvidas ajudou muito para a produção desse filme, pois ele te entrega em sua simplicidade um toque muito ‘gostoso’ de amor, carinho e consideração. “Extraordinário” acompanha a história de Auggie Pullman que na vida real nasceu com uma síndrome rara descoberta em 1921 chamada de Crouzon, em nome do neurologista francês que a descobriu, essa síndrome é muito cruel pelo fato de castigar muito o corpo em várias facetas, não só na parte estética, mas órgãos, coordenação motora, visão etc. Na história Auggie foi educado por sua mãe a vida toda em casa, mas ela acredita que já hora dele frequentar uma escola de verdade, o pai relutante, acha que não é uma boa ideia, e claro, a preocupação dos pais e absurdamente pertinente, e o nervosismo do próprio menino é normal, imagine você indo para o primeiro dia de aula quando criança, agora amplie isso dado a uma característica extremamente chamativa, e as crianças sabem ser cruéis e tampouco sabem disfarçar, como dito pelo próprio protagonista.

Extraordinário” é uma jornada aonde vemos não só o ponto de vista do menino, mas de toda sua família e amigos, mostrando sua visão por fora, como por exemplo, de sua irmã que releva muitas coisas pelo fato de seu irmão necessitar mais atenção, sendo assim ela se vê como de certa forma ‘invisível’ em sua própria casa, somando a falta que ela sente de algumas pessoas que estavam em sua vida. O ponto de vista da mãe, sua preocupação é enorme e notamos isso durante todo o longa, o papel do pai ao tentar se comunicar com seu filho como um amigo, uma pessoa que sempre estará lá por ele, seu melhor amigo que tem um papel fundamental nesse crescimento do personagem. O filme faz lembrar a importância da socialização, e como assim nos acostumamos em novas facetas de nossa vida, até mesmo sua cachorrinha mostra um papel essencial para dramatizar mais ainda o longa, pois mostra também que qualquer pessoa que está junto com nós a muito tempo, independente dos laços de sangue, acaba se tornando família.

Vemos obviamente aquele esteriótipo americano de vida no colégio, desde pequenos já vemos os traços das crianças e o que eles irão se tornar, e o bullying que acima de tudo é a mensagem principal desse filme (não deixe isso passar desapercebido) se apresenta de forma inesperada já que as pessoas em geral são más quando querem, e com as crianças não é diferente, e a maneira como o personagem sofre é de chorar, e isso é um fato, durante o filme você se compadece demais por ele estar nessa ‘situação’ e vamos que é nosso papel no mundo de ajudar qualquer pessoa ‘diferente’ fazer parte, se integrar com os demais, é nosso dever ser bondoso, ser gentil, cuidar e amar de qualquer ser vivo. E a beleza que se mostra também nesse enredo é que as pessoas também mudam, elas acabam se tornando boas e consideradas, e nesse longa, em uma determinada cena quando os pequeninos estão no lago, junto a Auggie, é uma das mais lindas, para você se emocionar mesmo. É evidente o tapa na cara que a história nos dá, sobre várias lições de vida que temos (ou deveríamos ter) e a maneira como aquele menino a leva, as vezes até com um ótimo humor.

O que mais balança o filme é o elenco, muito bom sinal, cada um parece que foi escolhido a dedo Owen Wilson faz o um ótimo papel como pai, já que o vimos assim em “Marley & Eu”, realmente é um cara que parece ser muito divertido, um humor infantil, paciente e compreensivo. Julia Roberts faz um papel bem dramático, de uma mãe muito apegada e que sabe a necessidade do filho, ela se entrega no papel de mãe mesmo, notamos o quão é evidente o drama quando ela fala, age e chora, sua irmã, vivida por Izabela Vidovic é querida, bondosa e cuidadosa que apesar de compreensiva tem seus problemas para lidar também, referentes a amizade, amor etc, e mesmo assim ela se mostra presente sendo a irmã que Auggie precisa, a melhor amiga dela que talvez seja a única atriz mais fraca Danielle Rose, mostra que amizade é algo extremamente importante para nós, e isso é visto de uma forma muito americanizada, já que a questão de se destacar no colégio é muito ‘importante’ na adolescência deles. Sonia Braga interpreta a avó, e que causa um impacto maior da vida da filha mais velha, passando por uma única cena rápida está ali só para dramatizar mais os sentimentos da irmã de Auggie.

É um filme que apesar de possuir pequenas falhas que passam absurdamente batidas e convenhamos, sem nenhuma relevância, nos ensina muito, é triste, lindo, emocionante, você o vê com os olhos mas sente com o coração, um filme que todos devem assistir, pois longas assim estão aí para nos ensinar ou reensinar que devemos tratar todos com gentileza, educação e amor, e se isso não se mostra presente em algumas pessoas, está em nosso dever mais ainda lutar por isso, mas nunca tratar alguém como indiferença ou desconsideração, todos somos iguais todos choramos e rimos de forma igual, assim que todos temos de nos amar de forma mútua. “Extraordinário” é absurdamente tocante e fará você rir e chorar com toda a certeza.

Não deixe de conferir as novidades do CineOrna através das nossas redes sociais:

Facebook | Twitter | Filmow | G+ | Instagram | Tumblr | Pinterest | YouTube