O mais novo lançamento da Dreamworks Animation chega essa semana aos cinemas, em 3D. “Turbo” é a história de um caramujo de jardim que sonha em ser um grande piloto de Fórmula Indy. Quando seu sonho é colocado em cheque, o que ocorre várias vezes ao longo do filme, lembra-se da frase dita por seu ídolo Guy Gagné (Bill Hader): “nenhum sonho é grande demais e nenhum sonhar é pequeno demais”. Dito isso, Turbo faz de tudo para realizar seu sonho. Após serem expulsos do lugar onde viviam por estragarem a plantação de tomates, Chat e Turbo são encontrados e acolhidos por Tito, um mexicano vendedor de tacos fissurado por corrida de caramujos, que faz de Turbo seu novo corredor. Além das corridas, Tito se dedica à publicidade da lanchonete de tacos, a qual seu irmão gerencia e que não está indo muito bem. Tito acredita que Turbo pode ser a salvação para eles, mas Angelo faz de tudo para convencê-lo do contrário. Turbo se vê com uma mais nova responsabilidade: ajudar os irmãos mexicanos a terem sucesso em seu negócio, tornando-se um campeão da Fórmula Indy.
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Uma das coisas que mais me chamou a atenção foi que o diretor David Soren conseguiu transmitir, em seu primeiro longa metragem, a sensação de insegurança de um amador ou novato quando está lado a lado com seus ídolos, e mais ainda, quando se está competindo com eles para ganhar um prêmio, você se sente pequeno ao lado deles, profissionais e experientes, bem como Turbo estava, um caramujo minúsculo, fazendeiro, quase esmagado várias e várias vezes pelas gigantes máquinas a seu redor.
Assim como em “O Espanta Tubarões” de 2004, que conta com a participação de Will Smith, Angelina Jolie e Robert De Niro, em “Turbo” o diretor contou com a participação de várias celebridades de Hollywood e da música: Samuel L. Jackson dublou o personagem Whiplash, Ryan Reynolds dublou o protagonista Turbo e Snoop Dog dublou Smoovie Move, entre outros.
Apesar de ter um roteiro um pouco mais fraco do que o lançamento anterior da Dreamworks, “Os Croods“, “Turbo” não deixa muito a desejar. Sua animação é bem feita, os movimentos divertidos, e acrescentando a Black music tem-se uma história muito divertida, para agradar à todas as idades, trazendo para as crianças em especial mensagens de superação, respeito ao diferente e a luta por um objetivo nobre: seu sonho. Com certeza é um dos filmes mais positivos que vi esse ano. Teria potencial para ser maior, algo grandioso, como “Carros”, por exemplo. Porém, ao contrário deste, o protagonista não abre mão de seu sonho (o troféu) para permanecer ao lado de seus bons e fieis companheiros, são os companheiros, amigos e familiares que abrem mão de algumas coisas em suas vidas para ajudar Turbo.
Outra questão que me chamou a atenção foi a relação fraternal tanto entre os caramujos Turbo e Chet, quanto entre os humanos Tito e Angelo. Aqui os irmãos mais velhos (Chet e Angelo) são retratados com seriedade e talvez até uma falta de carisma, que é justificada pela vida de trabalhador que levam, para sustentar os caçulas. Esses, por sua vez, são representados com virtuosismo, criatividade e esperteza, pouco ligando para as coisas banais do cotidiano e se jogando em suas ideias, que destoam completamente dos padrões em que estão inseridos. Durante o filme inteiro, Angelo e Chet tantam fazer seus Tito e Turbo deixarem de lado suas infantilidades para tornarem-se responsáveis, sem apoiar seus “delírios” juvenis, até que no momento crítico percebem a importância de estarem unidos, pedem desculpas, cada um a sua maneira, e apoiam os sonhos dos dois caçulas.
Enfim, “Turbo” é uma história bonita, bem contada, que faz bom uso do 3D e que trata de questões muito interessantes, principalmente para crianças, que muitas vezes carecem de produtos audiovisuais que sejam um bom entretenimento com conteúdo, o que é o caso. Recomendo!
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