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Antes de tudo, é no mínimo hipocrisia ver como “Chappie” foi vendido como sendo um filme de Dev Patel e Hugh Jackman, sendo que os verdadeiros protagonistas são o duo Die Antwoord. Uma jogada de marketing que vai de antemão a suposta visão política cultural abraçada por Neill Blomkamp em seus filmes. “Chappie“, para além de seus vários equívocos, já seria um filme ruim por simplesmente acreditar na capacidade dramática do duo africano tanto quanto no seu poder irônico dentro do filme (eles interpretam eles mesmos como gangsters que criam um robô bebê em conflito moral).

CineOrna | Chappie - PÔSTER

Tudo que já era completamente errado em “Elysium” ganha dimensões ainda mais absurdas aqui (e você ter uma cena onde a transferência de consciência humana é feita através de PlayStations 4 é -pasmem- só o básico do que se pode esperar disso aqui). Tão pouco fosse o comprometimento de Neill Blomkamp com a narrativa, mostrando novamente que “Distrito 9” foi apenas um acidente, sua incapacidade quanto diretor se torna protagonista ao passo que ele não sabe exatamente o que deseja expressar: se este é um projeto puramente anarquista-idiota usando dinheiro de uma empresa corporativa (daí tu ter Die Antwoord protagonizando o filme ganha uma dimensão quase metalinguística); ou simplesmente ele quis brincar com a própria seriedade transformando tudo numa piada diegética de 120 minutos.

CineOrna | Chappie - FOTO

CineOrna | Chappie - FOTO

No mais, não há absolutamente nada que não o brilhante trabalho visual dos robôs (em especial, o próprio Chappie), pois todo o resto bem que poderia ser poupado por qualquer indivíduo com o mínimo de bom senso.

Confira outras críticas do filme:

Crítica | “Chappie, por Thiago Cardoso

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