Homem-Aranha no Aranhaverso” estreia num momento que o novo aranha de Tom Holland está em alta. E mesmo sendo uma animação, o filme não decepciona. Além de divertido, o filme traz muito cenários atuais sobre representatividade.

A base da história é contada pela visão de Miles Morales (Shameik Moore). Miles foi o primeiro Homem-Aranha negro introduzido nos quadrinhos e é o foco desse filme. Na história, ele vive na mesma realidade que Peter Parker (Peter Parker) e admira o Aranha original. Miles tem sua origem parecida com a de Peter no filme. Ele é picado por um aranha modificada e passa a ter os mesmo poderes.
Só que o vilão, o Rei do Crime (Liev Schreiber) constroi uma maquina que acaba fundindo os universos e, com isso, outras versões do Aranha, de outros universos, vão parar no mesmo Brooklyn de Peter e Miles. Com isso, eles precisam unir forças para deter o Rei do Crime. Assim cada um pode voltar para seu universo,

O filme acerta muito no que se propoe: a união dos universos. Mesmo com diversos Aranhas e cada um com uma abordagem diferente, o filme não fica sobrecarregado e o protagonismo continua com Miles. Cada uma das versões do Aranha, como o segundo Peter Parker (Jake Johnson), a Peni Parker (Kimiko Glenn), a Spider-Gewn (Hailee Steinfeld), o Presunto-Parker (John Mulaney) e o Homem-Aranha Noir (Nicolas Cage) dão ao filme um toque de diversão. Cada personagem traz um humor próprio para a história. Esse humor fica tanto na fala dos personagens, quanto nas situações que, ao mesmo tempo que tiram sarro de um personagem, também o homenageiam.

Outro ponto forte do filme é a animação gráfica. O filme consegue unir uma ótima animação com algumas partes gráficas dos quadrinhos. Além de deixar o filme muito bem feito, ele adiciona o ponto forte dos quadrinhos que são as onomatopeias. Essas inserções dão um toque especial à animação.

O que faz “Homem-Aranha no Aranhaverso” ser um bom marco para uma animação do gênero é porque ele trazer toda a representatidade que um personagem tão querido, como o Aranha, traz em sua versão negra. Além de ter a representação negra, o filme mostra uma família mista. A mãe de Miles é latina e a mistura das línguas e da cultura estadunidense e latina ficam muito presentes no personagem. É parte de quem ele é e é muito bem representada. Eles deixam à mostra as melhores partes da união das culturas.

O longa ainda explora o marco de tristeza que está sempre representado na história do Aranha. E traz uma lição muito importante, pois independente do tamanho da nossa dor e perda, estar com pessoas que entendam essa dor, faz com que o caminho para superá-la, seja mais fácil.

Além de tudo isso, o filme tem uma trilha sonora incrível.  Não é apenas uma trilha sonora externa, mas sim uma que faz parte da história.

Em 2019 teremos muitos lançamentos de animações no cinema, mas com certeza, o ano começa super bem com “Homem-Aranha no Aranhaverso”.

 

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