CineOrna

Jack Black e Jason Momoa estrelam “Um Filme Minecraft“, a adaptação do jogo, mas um roteiro fraco e ritmo irregular deixam a experiência instável.

Um Filme que Copia, Cola… e Não Constrói

Dirigido por Jared Hess (“Napoleon Dynamite“), “Um Filme Minecraft” tenta traduzir o caos criativo do jogo para as telas. Jack Black e Jason Momoa lideram um grupo de desajustados numa missão para salvar o Mundo Superior da Bruxa do Nether (e seus porcos vilões). A premissa é promissora e traz cenários icônicos do jogo, além do humor característico de Jack Black. Mas, como um mapa mal gerado, o filme tropeça nos mesmos erros de outras adaptações de games: excesso de explicações e um ritmo desbalanceado.

O Que Funciona (Mais ou Menos)

Jack Black e Jason Momoa: Black brilha com seu humor físico, enquanto Momoa se diverte no papel de um guerreiro atrapalhado. No entanto, seus personagens oscilam entre o carismático e o infantil demais.
Fidelidade ao jogo: O visual blocky, as criaturas pixelizadas e a sensação de “construção livre” são bem representadas, criando um festival de referências para os fãs.
Algumas boas piadas: Apesar de muitas serem descartáveis, há momentos genuinamente engraçados.

O Que Não Funciona

Ritmo inconsistente: O início é arrastado, explicando tudo como um longo tutorial, enquanto o terceiro ato parece apressado demais.
Elenco desperdiçado: Jennifer Coolidge e Emma Myers têm papéis sem impacto, e a Bruxa do Nether é uma vilã genérica sem presença marcante.
Falta de emoção real: As tentativas de criar momentos tocantes—sacrifícios heroicos, laços familiares forçados—soam artificiais, como se o filme dissesse: “Agora se emocione aqui”.

Vale a Pena?

Se você é fã do jogo, vai se divertir com as referências e o visual. Mas, no fim, “Um Filme Minecraft“, parece uma construção apressada no modo criativo: divertido no começo, mas sem alma ou profundidade. Comparado a “Jumanji” (sua inspiração mais óbvia), falta química no grupo e um vilão memorável.