Olá pessoal, mais uma semana que venho trazer o que há de melhor nos figurinos do cinema e hoje o filme em questão é espetacular.
“O Artista“, filme não convencional para os tempos modernos e que deixou o público com aquele pezinho atrás, “será que vou assistir a um filme mudo e preto/branco?”. Sim, você vai! Dirigido pelo francês Michel Hazanavicius e protagonizado por Jean Dujardin e Bérénice Bejo, o filme se passa no final da década de vinte, quando o cinema falado começa a surgir em Hollywood, o que deixa o astro do cinema mudo George Valentin (Dujardin) preocupado, pois teme em cair no esquecimento. Belamente interpretado e produzido, o filme arrebatou os oscars de Melhor Direção, Melhor Ator e Melhor Figurino, para Mark Bridges.
Mark já foi citado nos meus posts, ele fez o figurino do filme “O Lado Bom da Vida” (Veja AQUI), porém a abordagem para esse longa é totalmente diferente. Foi no mínimo desafiador para Mark criar um figurino para um filme preto e branco. As cores são, na maioria das vezes, o que retratam cada personagem, contexto histórico e social, além de enriquecer a produção. A substituição do elemento principal foram as texturas, foi nesse ponto que Mark pode retratar o glamour da época mais elegante do cinema. Lamés, paetês, bordados, tecidos lisos, lãs, cetins e roupas brilhantes para os vestidos de festa foram usados magnificamente e conseguiram transparecer nas telonas tão bem que você não sente falta das cores, além de deixar muito mais sofisticado, bonito e, principalmente, retratar com excelência a época.
Mark também conta que, como fonte de inspiração, assistiu vários filmes de 1920, como “Show People“, estrelado por Marion Davies, que mostra o cenário da MGM no final da década e que serviu de grande referência para o figurinista.
Foram usados acessórios típicos da época, que todas nós (mulheres) conhecemos muito bem, como chapéus coco, luvas, broches e estolas de pele. A personagem Peppy Miller (Bérénice Bejo) está deslumbrante com as combinações, lembrando as grandes divas do cinema. Como o próprio Mark diz: “Esse filme é uma carta de amor para Hollywood.” E realmente é.
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