“Elysium”, o mais novo filme da Sony Pictures, se passa no ano de 2159 e é uma história de superação, de sacrifício e de esperança em um futuro onde quase não há vida na Terra. Um roteiro exigente como esse, requer interpretações e efeitos elaborados.

Neste futuro distópico, o planeta sofre de superpopulação, todas as florestas foram derrubadas, a atmosfera está poluída e as cidades viradas em favelas, cheias de crimes, doenças e lamentos. Para fugir disso, as famílias mais ricas e avantajadas mudaram-se permanentemente para Elysium, uma estação espacial imaculada, onde as palavras dor, sofrimento, pobreza e doenças não encontram significado. Fadado a uma vida de desgraças, Max, Matt Damon, sonha em um dia ir para Elysium e alcançar a felicidade plena, sonho compartilhado por outras milhões de pessoas e diariamente combatido pela Secretária Delacourt, Jodie Foster. Max entra na vida de crimes ainda muito jovem e na idade adulta já é uma lenda pelos guetos. Um dia, ao ficar marcado pela morte iminente, está mais próximo do que nunca de alcançar seu sonho, contrariando todos os valores que um dia acreditou servirem para alguma coisa. Durante sua jornada, descobre uma maneira de tornar a população humana em sua plenitude cidadã de Elysium.

É importante ressaltar aqui a participação de Wagner Moura, como ator coadjuvante para o personagem Spider, o chefe da gangue de imigração ilegal para Elysium. Sua atuação é ótima, notável e sem passar a sensação de estarmos assistindo ao Capitão Nascimento. Ao lado do brasileiro, também merece destaque a atriz Jodie Foster, como a grande segregacionista da história, tratando os humanos terrestres quase como Hitler tratou os judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

A respeito das partes mais técnicas, a fotografia é muito clara, chamando a atenção para tons acinzentados e enquadramentos normais. A composição sonora é redundante e apelativa na maior parte do filme, com poucos momentos de silêncio e muitos violinos para o meu gosto, porém isso não atrapalha o filme, e não o torna menor. Além disso, a questão visual e estrutural da estação Elysium lembra muito a da nave de “2001 – Uma Odisseia no Espaço”, de Stanley Kubrick.

 

 

Em suma, este é um bom filme de ação, de emoção, de relações complexas, onde um ser humano tem seu caráter colocado à prova ao ter que decidir entre as possibilidades de se curar e alcançar seu sonho – até então inalcançável – ou dar esta oportunidade ao resto da humanidade. Vale a pena, e é um filme para a família inteira assistir!

 

Crítica:

02 | “Elysium por Carlos Pedroso 

03 | “Elysium por Gabriel Lisboa

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