“Transformers: Era da Extinção” marca o regresso, ao grande ecrã, de uma das sagas mais rentáveis de sempre. O franchise, que volta a contar com Michael Bay como realizador, tem novos atores: Mark Wahlberg (“The Departed: Entre Inimigos“), Nicola Peltz (“O Último Airbender“), Jack Reynor (“Pai por Acaso“) e Stanley Tucci (Saga “Jogos Vorazes“), a quem se juntam novos e absolutamente fantásticos Transformers. É até agora, de longe, a saga gigante mais estranha da atualidade. Tendo visto todos os filmes, acho que merecem uma análise genuína, não apenas no contexto da carreira de Michael Bay, mas também pela conjuntura criada para os seus enredos. O primeiro longa é o mais fácil de gostar. Teve um conceito inteligente para basear a história na simples premissa de um rapaz e o seu primeiro carro, que acaba por ser um guerreiro robot intergaláctico que faz parte de uma guerra que encontrou o seu caminho para a Terra.
Entrei para a sala de cinema para ver este “Transformers: Era da Extinção” sem grandes expectativas. Não fazia a mínima ideia do que tinham em mente para esta quarta entrada. No todo, creio que foi um passo na direção certa. Está visulamente tão selvagem como um típico filme de Bay, com este a levar a equipa técnica até ao ponto de ruptura. O que me surpreende é que Michael Bay encontra sempre maneira de elevar estas coisas muito acima do ponto natural, mas este é um homem cuja carreira tem sido uma escalada de decisões estéticas. Ele sabe que estes filmes existem predominantemente para darem aos fãs a oportunidade de verem robots gigantes a dar um enxerto de tareia uns aos outros e nessa frente, caríssimos, ele sabe o que faz. O elenco não apresenta nenhum destaque, focando em personagens tipo Mark Wahlberg, no papel de Cade Yeager, um inventor que vende invenções feitas a partir de sucata, tem de lidar com a rebeldia adolescente da filha Tessa, que namora um condutor de carros de corridas de nome Shane. Stanley Tucci é Joyce, o inventor mencionado acima, que oferece uma prestação de comic relief que é genuinamente cômica porque Tucci e o seu timing para ser engraçado no momento certo é aceitável. E temos a grande novidade: os Dinobots! Simplesmente, é de doidos. A ILM está cada vez melhor ao trazer estes personagens robóticos. É espantoso como estas parecem quase reais. Este filme está recheado de imagens e sequências visuais brutalmente arrebatadoras, algumas delas incoerentes em termos de narrativa, mas são tão hipnotizantes que nem me sinto incomodado pela estranheza da história. A estética dos robôs está ótima,visualmente estão perfeitos.
Quem espera ver algo diferente nesse filme vai se decepcionar, isso se você já estiver acostumado com a franquia, você verá explosões, carros velozes… enfim… fatores tipicamente vistos na franquia “Transformers“. Michael Bay até tentou colocar mais “enredo” no filme, e provavelmente é isso que acaba cansando muito o público, é muita conversa pra pouca ação, e o roteiro em si é incrivelmente fraco no sentido que não te convence,você não consegue digerir, e as coisas simplesmente acontecem aos protagonistas sem nenhum esforço, quando você pensa que o filme vai terminar você lembra, “não, ainda tem mais, aonde estão os dinobots?”. O filme se perde diversas vezes, e você fica com um ar de “what” …”como assim” ???, eu sou um grande fã da franquia, dos Transformers e filmes com muita ação, mas se você espera filme com conteúdo, se você é daqueles que não se deixa se enganar só pela ação em si, provavelmente irá concordar comigo que esse filme não surpreende tanto quanto seu trailer, pelo contrário, sai do cinema com um pensamento “os outros filmes foram melhores”, não tenho tendência de ser um crítico chato, mas gosto de ver filmes que não me insultam visualmente, precisa-se sim de conteúdo crítico um filme, precisa-se de um bom argumento, roteiro para prender o público, porquê senão até mesmo o fã de filmes irá se cansar de ver explosões sem sentido, se for pra ver isso é mais fácil ir a um concerto de rock.
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