A corrida pela sobrevivência. Você certamente já deve ter visto dezenas de filmes com essa temática e deve estar se perguntando o que “Maze Runner: Correr Ou Morrer” tem de peculiar para que a Fox produzisse um filme do primeiro livro da série escrita por James Dashner. Heróis adolescentes, desafios mortais, um cenário pós-apocalíptico e um labirinto hi-tech é o que “Maze Runner” tem pra oferecer.
Thomas (Dylan O’Brien) acorda dentro de um elevador escuro em ascensão. Ao seu redor, mantimentos e até mesmo animais. Para que propósito, ele só descobre quando um alçapão se abre e é recebido por jovens de idades próximas a sua. Logo, ele descobre que a turma ali está encarcerada há três anos cercada por um labirinto sem saída e cuja entrada se fecha sempre ao final do dia. Os Clareanos, como são chamados os rapazes que vivem na Clareira, se dividem nas mais diversas funções para sobreviver naquele espaço, e ninguém jamais saiu vivo depois de uma noite no labirinto, quando as horrendas criaturas biomecânicas chamadas Verdugos se espreitam para aniquilar qualquer intruso. Bastante indignado com a comodidade dos seus colegas, Thomas se oferece para integrar o grupo de Corredores e desvendar o labirinto, ainda que tenha de encarar a hieraquia imposta pelos veteranos Alby (Aml Ameen) e Gally (Will Poulter), além do maleável Newt (Thomas Brodie-Sangster). Quando Teresa (Kaya Scodelario), a primeira – e última – menina a ser enviada na Caixa aparece diante dos garotos, mais dúvidas surgem quanto aos estranhos acontecimentos que circundam Thomas e seu remoto envolvimento com o labirinto.
Novato em longas-metragens, Wes Ball exerce uma boa direção tendo em mãos um roteiro baseado num livro carente de aprofundamento e detalhes. O trabalho com os atores é bastante convincente e entrosado, além de O’Brien segurar as pontas como protagonista, mas é a partir do primeiro confronto com os Verdugos que o filme passa a engrenar. As cenas de ação são tão bem conduzidas que, por mais que as criaturas não sejam lá as mais críveis, o impacto dos confrontos é digno de se levar sustos como num bom título de terror, ainda mais com a trilha de John Paesano que, se acerta em alguns pontos, não deixa de ser escandalosa e até mesmo força empatia ainda na primeira metade do filme.
Além do roteiro que conseguiu driblar as dificuldades de adaptação, apresentando soluções bastante práticas em relação aos incidentes originais, talvez o grande mérito de “Maze Runner” seja seu design de produção. Tendo em mãos toda a questão de alta tecnologia, a equipe criativa de Ball não mediu esforços em fazer um labirinto de concreto (CGI, em grande escala) instável e muito mais desafiador em relação às rasas descrições no livro e, se os Verdugos também careciam de uma definição precisa, aqui eles surgem bastante semelhantes aos seres criados pelo falecido H. R. Giger (“Alien“) e igualmente perigosos, mas prejudicados pela fotografia escurecida.
Com toques de “Jogos Vorazes” e até mesmo de “Mad Max“, que volta aos cinemas ano que vem, “Maze Runner: Correr Ou Morrer” é apenas a primeira etapa de uma imprevisível jornada de Thomas e companheiros – e resta saber se C.R.U.E.L. é realmente bom.
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