Fazia um bom tempo que o querido pelo público Will Smith não dava as caras nas telonas, mas enfim, ele chegou com “Golpe Duplo” com ajuda de elenco composto por nada menos que o astro brazuca mais bem sucedido em hollywood, Rodrigo Santoro claro e ainda Margot Robbie. Mas vamos ao que interessa, apostas, dinheiro, drogas e trapaça, bastante trapaça. Não por acaso, qualquer filme que fale sobre tal tema vai trazer todos os elementos mencionados. Isso faz com que o filme seja um clichê? Talvez, depende de como a história é construída e principalmente concluída. “Golpe Duplo” é um filme que tem tudo para ser um clichê, e de fato é um clichê, mas faz com que o público goste do que está vendo, ou como poderíamos chamar, ‘guilty pleasure’ (livre tradução: culpa prazerosa).
“Golpe Duplo” conta a história de Nicky (Will Smith), um golpista que carrega a carreira de sua família pela terceira geração. Certo dia ele esbarra em Jess (Margot Robbie) e, depois de uma noite de boas conversas, ela tenta aplicar um golpe nele. Mas Nicky já estava um passo à frente. Jess fica surpresa e encantada com a capacidade da percepção de Nicky, e passa a insistir para que ele a treine e deixe-a fazer parte de sua equipe de golpistas. Mas o que surge entre os dois não é somente uma relação pupilo e mestre. Nicky acaba se apaixonando por Jess, e vice-versa. Porém, depois de um golpe bem sucedido, os dois se separam e voltam a se reencontrar somente três anos depois, quando Nicky está preparando outro grande golpe.
As várias reviravoltas do filme aceleram o seu ritmo e faz que com não caia na mesmice, mesmo considerando o final bem previsível. Mas o que de fato o destaca dos demais de seu gênero, são os pequenos detalhes: as rápidas piadas, as deixas no fim da frase, sem falar que o carisma do Will Smith também tem sua contribuição. Apesar disso, sua atuação é bem aquém do que o esperado (mas nada muito grave). Para compensar, a fotografia traz belas imagens e ótimos designs, que permitem o espectador desfrutar de lugares ricos e luxuosos. A edição também merece destaque, pois consegue aproveitar os elementos dos cenários propostos. E isso é bom, pois deixa a trama mais dinâmica e aproxima mais o público.
A escalação de Will Smith e Margot Robbie serviu para reafirmar o ator nas telonas após o fiasco de “Depois da Terra” e para destacar ainda mais a atriz depois da excelente atuação em “O Lobo de Wall Street”. A química dos dois é incrível: parece que foram feitos para os papéis, com ótimos timings e presença. Já Rodrigo Santoro, apesar de não ter tanto destaque e se mostrar um pouco comedido, foi uma grata surpresa. Apesar de apelo comercial, o filme consegue andar sobre as próprias pernas. Divertido e cômico, o filme também conta com uma trilha sonora que pode empolgar os menos exigentes e entediar os ‘haters’. “Golpe Duplo” é aquele filme que devemos assistir sem nenhuma pretensão de estar vendo um clássico, mas um filme que vem apenas para atender sua proposta de entreter. E de fato consegue.
Confira outras críticas do filme:
Crítica | “Golpe Duplo“, por Carlos Pedroso
Crítica | “Golpe Duplo“, por Thiago Cardoso
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