Em meu último post, referente ao evento realizado no Cinépolis (Veja Aqui), comentei brevemente a pré-estreia de “Entre Nós”. E agora, cá estou eu para dar maiores detalhes às minhas impressões sobre o mais novo filme de Paulo e Pedro Morelli.

A narrativa traz a história de um grupo de amigos que, num passado sem compromissos, reúne-se em uma casa de campo para celebrarem o bom momento no qual se encontram.  Escritores em potencial, ébrios e felizes, redigem cartas para serem enterradas naquele local, com o intuito de as lerem só dali a dez anos. No entanto, a morte de um dos integrantes do grupo, Rafa (Lee Taylor), acaba criando e modificando as angústias de cada um deles em relação a essas cartas, principalmente no que se trata da personagem de Caio Blat (Felipe).

Fica muito claro que, mesmo após uma década, certas coisas restaram mal resolvidas e que, nesse futuro encontro – agora presente -, nem o vinho e nem a boa comida serão capazes de evitar as tensões na iminência de surgir.

Nota-se, desde o início, a boa interação entre os atores que participam do longa. A casualidade com a qual usam da linguagem informal, carregada de palavrões, passa longe de transmitir um meio artificial a quem está assistindo. A fotografia, assinada por Gustavo Hadba, está impecável, vide as cenas externas.  O fato de o filme ter sido pautado em diálogos carregados das emoções vividas por cada uma das personagens é outro ponto positivo: algo difícil de se ver no (novo) cinema brasileiro.

Porém, nem mesmo as boas atuações de Blat, Maria Ribeiro e Martha Nowill (que, na minha modesta opinião, merece destaque nesta menção) conseguem preencher as lacunas do roteiro que, vez ou outra, reveste-se de momentos fracos e enfadonhos. Talvez, se o foco fosse inteiramente na década seguinte ao primeiro encontro dos jovens na casa de campo, um universo de possibilidades poderia ser mais bem explorado e, portanto, menos previsibilidade traria ao expectador.

 

 

Mas que fique claro: não se trata de um filme ruim. É que, como ser humano comum que sou, não consegui evitar ter expectativas relativamente grandes, alimentadas pelas boas intenções de seus roteiristas (os próprios Pedro e Paulo Morelli) que, infelizmente, não foram atingidas pelo que vi.

 

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