O novo “13º Distrito” (“Brick Mansions“) é um filme que não tem necessidade alguma de existir, levando em conta que ele é um remake de “B13: 13º Distrito” de 2004, que ganhou uma sequência em 2008 chamada de “13º Distrito: Ultimato“. Confesso que meu interesse em ver esse filme foi pelo fato de contar com a presença do Paul Walker, devido ao seu falecimento esse ano, a nostalgia bateu mais forte e devia isso ao grande ator, mas vamos lá…. vamos falar “desse” filme. 

A diferença aqui é a participação do ator Paul Walker em seu último filme, antes do fatídico acidente de carro que tirou sua vida. Assim, temos na história um protagonista do bem – o policial infiltrado (mais um papel de policial) Damien Collier (Paul Walker), que se juntará a Lino (David Belle) – meio bandido, meio mocinho, contra um antagonista do mal – o traficante Tremaine Alexander (o rapper Robert Diggs, mais conhecido como RZA). Juntos Damien e Lino irão resolver suas questões pendentes com Tremaine através de poucas palavras e muita força física.

O cenário é a cidade de Detroit onde um muro colossal foi construído para conter e isolar a área periférica do resto da cidade que encontramos no longa, é um misto de ação, drama e crítica social, onde a ação predomina reservando boas cenas de fuga, a maioria explorando o Le Parkour (técnica onde os praticantes usam o corpo para passar obstáculo de uma forma rápida e fluente). Tanto do ponto de vista das manobras, quanto da fotografia, as cenas de ação chamam atenção. Graças aos vários e inusitados ângulos em que as sequências são gravadas, dando ao filme o dinamismo que o gênero ação pede.devido aos altos índices de violência, ou seja, rola muito tiro, sangue, luta e algumas mortes –  a velha fórmula já manjada das produções de ação.

Mas aí você me pergunta, o filme é bom? Mas é o filme? É bom? Nhã…. depende, esse é um filme feito para um público muito especifico, a garotada que quer ver excelentes cenas de ação muitíssimo bem coreografadas, mulheres bonitas e perseguições de carros. Para aqueles que já passaram por essa  fase (e como eu adorava essa fase) o filme vai parecer uma cópia de tudo aquilo que ele já assistiu nas Sessões da Tarde da vida, um roteiro fraquíssimo, com todos os clichês acima mencionados e nenhuma novidade no final. Paul Walker está fazendo o mesmo estilo de personagem que o tornou famoso na franquia “Velozes e Furiosos“. A mesma cara, os mesmos trejeitos, só que agora ele está dando uns tapas a mais do que nos outros filmes. Mais porrada menos carro. Como dizem por ai: “O ator tem que pagar o aluguel”, e esse filme não acrescenta nada na carreira dele. Mas também não o difama, e com certeza teria saído direto para Home Vídeo se o ator ainda estivesse vivo.

 

 

O veredito final é: deixe esta versão de lado e confira o filme original, “B13: 13º Distrito“, lançado em 2004. É melhor em todos os aspectos. Se já viu os outros filmes da série e quer um pouco mais do mesmo, esta versão pode valer a pena para passar um tempo. Mas só. Mas vá assistir essa versão e fique até o final pois tem uma pequena cena pós créditos!

 

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