Indo contra a minha prática de não assistir a filmes com uma temática adolescente latente, decidi ver qual era a do tão esperado “A Culpa é das Estrelas” (“The Fault in our Stars“), com a desculpa de verificar apenas do que se tratava essa adaptação do livro homônimo de John Green (publicado em 2012 e desde então um best seller) – o qual não li. 

Pois bem. Nos minutos introdutórios, vemos como é a vida de Hazel Grace Lancaster (Shailene Woodley, de “Divergente“), na perspectiva dela mesma. Hazel é uma jovem de 17 anos que, por lidar com um câncer que dificulta a atividade de seus pulmões desde muito nova, tem uma rotina diferente da maioria dos adolescentes de sua idade. Certo dia, em uma reunião do grupo de apoio dos jovens em condição semelhante a sua, a garota conhece um rapaz, Augustus Waters (Ansel Ergot) que, apesar de também ter de conviver com o câncer, possui uma visão de mundo diferente da dela. E de agora em diante, não será surpresa o que acontecerá entre esses dois que, apesar de suas diferenças, apaixonam-se.

O plot parece um tanto quanto batido, dado o fato de que fica evidente desde o primeiro encontro que inevitavelmente os adolescentes se envolverão. No entanto, é bastante natural o vínculo que nasce entre os dois, cada um expondo seus medos e ambições da sua maneira – não deixando nunca de lado a preocupação com a condição médica de ambos. Em que pese a história ser fofa e emocionante e, aparentemente, não fugir da proposta do livro (lembrando mais uma vez que não cheguei a ler), o retrato de algumas cenas pelo diretor Josh Boone chega a ser um tanto quanto piegas. Exemplo disso é a utilização do – totalmente desnecessário – slow motion nas cenas mais tensas em que as personagens vão para o hospital.

O espectador talvez se canse um pouco do foco dado somente ao presente na vida de ambos os personagens. Diz-se, por exemplo, que Hazel faz faculdade, mas não se sabe como, vez que o seu cotidiano retratado se restringe em idas ao médico e ao grupo de apoio e, após conhecer Gus, em sua relação com ele. Seus pais são meros coadjuvantes (interpretados por Sam Trammel, de “True Blood“, e Laura Dern), assim como os pais de Augustus, que mal aparecem.

 

 

Enfim, dadas essas ressalvas anteriores, o filme não decepciona. E, para os desavisados, não se esqueçam dos lencinhos para enxugar as lágrimas.

 

Confira mais críticas do filme no CineOrna:

Crítica 01 | “A Culpa é das Estrelas, por Maiara Tissi

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