Após o sucesso de seu antecessor (“Rio“, de 2011), também dirigido por Carlos Saldanha, Blu, Jade, Pedro, Nico e Luís retornam para explorar terras brasileiras em “Rio 2″ com novos agregados – os três filhotinhos dos casais de ararinhas azuis.
Linda e Túlio – agora já casados – vão à Amazônia em uma expedição biológica, momento em que juntam evidências suficientes para afirmarem que mais araras azuis ali vivem. Tomada por um sentimento de voltar às raízes, Jade convence sua família, inclusive o hesitante Blu, e seus amigos a seguirem à Floresta Amazônica para se reunirem a seus iguais. É claro que vários perigos são adicionados a essa viagem: não bastasse a dificuldade de Blu em se adaptar à vida selvagem, Nigel ressurge das cinzas para se vingar do animal de estimação, digo, companheiro de Linda. A cacatua performática retorna com novos comparsas para garantir o sucesso de seu plano maléfico: a rã venenosa Gabi – que morre de amores pela ave mal compreendida – e o simpático tamanduá Carlitos.
Mais uma vez, batuques com mistura de mpb, bossa nova e uma boa dose de pop integram a trilha sonora da animação de Saldanha. Cores vívidas enfeitam as paisagens quase realistas que, reforçadas pelo efeito 3D, demonstram um trabalho repleto de dedicação. Além disso, os novos personagens introduzem uma atmosfera palpável de humor ora mais leve, ora mais obscuro – com as piadas advindas de Nigel, é claro. Ainda que minimamente explorado, o tema de desmatamento da floresta amazônica e a extinção dos animais que lá habitam também é levantado, em contrapartida ao tráfico de animais silvestres abordado no primeiro filme.
A história, porém, em meio a tantos núcleos diferentes (as dificuldades de Blu em se relacionar em seu habitat originário, seus ciúmes de Roberto, a vendeta de Nigel, a escolha de uma nova estrela para o carnaval, o desflorestamento e seus danos à natureza… ufa!), acaba por perder “o fio da meada” em dados momentos, e essa salada com ingredientes tão diversos demonstra uma inconsistência nítida do roteiro para o expectador.
Não é um dos filmes mais memoráveis da carreira de Saldanha, no entanto, o sucesso é de se esperar: elementos atrativos não faltam e tanto adultos como crianças podem esperar um bom passatempo para se divertirem.
Mais informações:
Crítica 01 | “Rio 2“ por Carlos Pedroso
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