“300: A Ascensão do Império”, segundo filme da franquia “300”, é uma expansão do original, ocorrendo em paralelo ao primeiro. Ambos situam-se nas Guerras Médicas, no século V a. C., conflito entre os impérios Persa, liderado por Xerxes, e o Grego, dividido entre os Atenienses e os Espartanos. Em “300” temos a história contada pelo ponto de vista dos Espartanos, desde o momento em que foram desafiados pelos persas até sua derrota, antes de juntarem forças à Atenas.
Agora, em “300: A Ascensão do Império”, a história segue o herói ateniense Themistokles, homem que matou o imperador persa Dario, pai de Xerxes, que tornou-se um dos maiores guerreiros da Grécia. No geral, foram poucas as coisas negativas com relação ao filme e juntando-as todas ainda pesam menos do que suas qualidades. Sendo que a principal, em minha opinião, é a presença feminina com grande força. Para começar, Eva Green. Essas duas palavras já são motivo suficiente para um filme valer a pena, apesar de a atriz não se destacar muito aqui. Ela interpreta a fiel aliada de Xerxes, Artemisia, que possui um enorme exército à sua disposição e uma das mulheres mais temíveis desta história. Cabe aqui uma observação um tanto negativa. Foi acrescentado um elemento na história do terrível rei-deus e de sua ascensão. Artemisia foi quem influenciou Xerxes a buscar o poder divino, e foi quem realizou as maiores conquistas em seu nome. Em outras palavras, os roteiristas Zakc Snyder e Kurt Johnstad reduziram o grande personagem criado no primeiro filme à um mero fantoche de uma mulher poderosa; fizeram com que sua bravura e sua aparência temível não passassem de fachada para os inimigos.
Voltando à feminilidade de Eva Green, sua personagem foi pouco explorada. Apesar de ser uma forte e temida guerreira, sua presença no filme parecia mais ligada com um símbolo sexual para chamar mais espectadores. Porém algo de interessante, por melhores que fossem as táticas de Themistokles, ele szinho não conseguiu derrotá-la. Foi preciso outra mulher, a Rainha Gorgo, viúva do espartano Leônidas, para que a guerreira de Xerxes fosse trespassada por uma espada e seu exército caisse perante a força dos gregos. Somente uma grande mulher para derrotar outra grande mulher.
Além disso, pode-se destacar também a representação do começo da luta pela democracia, defendida pelos gregos, pouco mais de dois mil anos atrás. Eles lutavam pela liberdade de expressão, algo normal para nós, mas para a época, algo que custava muito sangue inocente.
De enredo, não há muito mais que se possa falar. Sangue, lutas, espadas, navios. A narrativa segue o que a história mundial conta, com alguns personagens a mais e um pouco mais de drama. Olhando para as questões técnicas, o filme possui uma atmosfera pesada. Desde os trajes, até as cores, sempre escuras, desbotadas e sujas, com objetos pesados também – escudos, elmos, capas, navios. A fotografia traz alguns elementos muito intrigantes, como alguns enquadramentos inesperados e muito bonitos, por exemplo um soldado inimigo caindo morto aos pés de Xerxes, visto de um ângulo completamente de baixo, ou então alguns momentos em que alguns personagens olham diretamente para a câmera. Já os efeitos sonoros intensificam a atmosfera pesada, puxando muito os graves, mas também sem nada que chame muita atenção.
O resultado final disso tudo é um espetáculo visual muito bonito, com uma história interessante – tanto para os homens quanto para o público feminino quanto para o público masculino. Um filme que namorados e namoradas podem assistir juntos no cinema sem problemas de um gostar mais do que outro, com momentos de tensão, drama, descontração e emoção.
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