Com toda certeza,um dos melhores filmes que você irá ver esse ano, sem dúvida um dos fatores que definem um bom filme é o número de pessoas em uma sessão de estréia do mesmo, com este filme não foi diferente, pessoas sentavam-se ao chão para poder ver um filme que agradará até mesmo quem não leu o livro (o qual eu acho muito difícil). Bom, no caso de você não ter lido, “A Menina Que Roubava Livros” é uma adaptação literário com o mesmo nome criado por Markus Zusak, o autor conta a história de vida da garotinha Liesel Meminger, nascida pouco antes da Segunda Guerra Mundial, e que passará por tempos conturbados durante sua vida.
Com a ajuda de um trio de atores iluminados em seus respectivos papéis (Sophie Nélisse, Geoffrey Rush e Emily Watson), o diretor (Brian Percival) não só consegue realizar uma pequena grande obra como também faz o espectador sair da sessão de cinema direto para as livrarias para comprar, ou ler de novo sobre essa mágica história. O livro é infinitamente mais detalhista, (assim como qualquer livro sempre é) tanto em relação à história dos personagens quanto a todo o contexto mundial, tendo os nazistas em evidência. Mas isso não quer dizer que esse trabalho deixa muito a desejar. “A Menina Que Roubava Livros” é um belo filme, onde a tática do feijão com arroz adotada deu certo. O diretor seguiu o máximo que pôde todas as linhas e idéias de Markus Zusak e transportou para as telonas, principalmente, a emoção o que amarra a história e prende a atenção do espectador do começo ao fim. Grande parte do desenvolvimento de Liesel se dá com a ajuda de Max Vanderburg (Ben Schnetzer) que cometeu um dos maiores crimes que alguém poderia cometer na Alemanha nazista: nascer judeu.
Em um ímpeto de desespero o rapaz de vinte e quatro anos procura Hans. É nesse momento em que você simplesmente se apega à família Hubermann. Você se surpreende, assim como a Morte, com “o que os seres humanos são capazes de fazer” (palavras da própria). É um filme sobre palavras e sobre seres humanos. No lugar de tiroteio e campos manchados de lama e sangue, temos pessoas lutando suas próprias batalhas e se esforçando para sobreviver em meio ao contexto de uma guerra e suas consequências. E eu os asseguro:vocês nunca assistiram um filme ambientado na Alemanha nazista como este. A ambientação e a caracterização dos personagens são os maiores trunfos do longa, combinadas à qualidade do elenco e aos sutis detalhes e efeitos utilizados para a passagem do tempo.
Pra mim o ponto que mais me cativou, e acredito que tenha o mesmo efeitocom muitas pessoas é o romance inocente e infantil de Liesel e Rudy, nos faz lembrar automaticamente de filmes como “Meu Primeiro Amor“, mostra uma amizade sincera nascendo e se transformando em um amor não(tão) assumido assim por Liesel, mas sim por Rudy. Somente no final do filme é que vemos tanto ele quanto ela, demonstrarem o quanto se amavam. É impossível você não deixar escapar uma lágrima ao assistir esse filme, notei muito isso nas pessoas durante a sessão ,isso ocorre devido a história ser tão bonita, meiga, alegre e ao mesmo tempo tão cruel. “A Menina que Roubava Livros” é aquele livro que te prende, sim. E é também aquele livro que te faz odiar o autor, por ser tão cruél. É aquele livro que te faz pensar no quão injusta é a vida e em como devem ter sido difíceis os tempos de guerra. “A Menina que Roubava Livros”, a sacudidora de palavras, a Liesel Meminger. Você vai se emocionar com a história dessa menina… Os últimos capítulos vão chegando e seu coração padece a cada palavra lida. A cada segundo gasto… A história de Liesel é um conto que merece ser lido. Então, como a frase que é slogan do livro diz: “quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler.”
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