Dirigida por Klay Hall, a mais nova animação da Disney, “Aviões” (“Planes”), se passa no mesmo universo do filme “Carros” (“Cars”), do ano de 2006, e conta a aventura de Dusty, um avião agrícola que sonha em competir pelos ares. Esta é uma história sobre medo, sobre verdade e sobre respeito.
Dusty levava a vida pulverizando plantações para combustíveis orgânicos, enquanto imagina e sonha em competir no rali mundial, onde aviões do mundo inteiro competem para dar a volta ao mundo. Para alcançar seu objetivo, o pequeno avião conta com a ajuda de Skipper, um avião de guerra, que o treina e condiciona para as provas. Ao conseguir a classificação, Dusty é motivo de piadas por parte dos demais competidores e também por parte da imprensa, porque afinal ele não foi feito para o ofício. Ele é colocado cara a cara com seus ídolos, os melhores pilotos do mundo, além de ter que enfrentar a cada milha um de seus maiores medos: a altura. Porém, ele supera seus adversários e conquista respeito e prestígio ao mostrar a todos que possui um bom coração e amigos que o apoiam, conquistando assim a verdadeira vitória, e como é de se esperar, a vitória só é conquistada após ele enfrentar a altura, mostrando que a coragem não é a ausência do medo, mas sim enfrentá-lo em momentos críticos.
Temos alguns personagens chave que eventualmente acabam sendo mais interessantes que o protagonista. É o caso de El Chupacabra, o avião mexicano, que cai de amores por Caroline, competidora brasileira (aqui cabe uma observação, uma curiosidade. Esta personagem, no original, chamava-se Rochelle e tinha sua origem no Quebec; na versão brasileira houve essa mudança da nacionalidade e do próprio nome para contextualizar e envolver mais o público nacional, sem afetar a história. Caroline é dublada por Ivete Sangalo).
No geral, é uma história que lembra “Dumbo” (“Dumbo”), de 1941, o elefante que queria voar, e fez de tudo para realizar seu sonho, enquanto todos ao seu redor tentavam provar a ele que não passava de um palhaço de circo. Lembra também outras histórias de superação, como a de Rocky Balboa e a de Luke Skywalker, este último que a princípio era somente um agricultor mas acabou sendo a diferença na derrota do Imperador Sith.
A respeito das partes técnicas, a animação será lançada em 3D, o que torna o filme um pouco mais simpático e divertido, porém o uso da ferramenta só faz realmente sentido nos momentos em que acompanhamos as manobras dos aviões, do ponto de vista deles. A trilha sonora é bem construída, composta por Mark Mancina, que compôs a trilha sonora de “Irmão Urso” (“Brother Bear”) e “A Casa Mal Assombrada” (“The Hounted Mansion”), ambos de 2003, e fez um ótimo trabalho aqui em “Aviões”. A dublagem, em sua maior parte, foi muito bem realizada, aumentado a intensidade dramática que o filme pede. E me chamou a atenção o uso das cores, meio apagadas, nada muito contrastante, nem o laranja de Dusty é muito chamativo, tudo sempre em muita harmonia. A animação em si ficou ótima, perfeita, muito verossímil e bonito.
Resumindo, é um filme para a família toda se divertir, dar risadas e passar para as crianças valores e virtudes, reforçados por seus personagens favoritos. Vale a pena ver pela diversão, com certeza absoluta! É um filme leve e tranquilo, perfeito para um sábado à tarde.
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