A cinebiografia de Elton JohnRocketman” traz uma viagem pela vida do cantor mostrando os altos e baixos de sua carreira de uma forma sonhadora e extravagante, bem do jeito que ele é.
O filme, escrito por Lee Hall conta a história de Elton desde sua infância, com uma família desestruturada e vai mostrando seu crescimento e o desenvolvimento de sua carreira até os dias de hoje.

No filme, Elton é interpretado por três atores, Matthew Illesley como o Elton criança, Kit Connor como Elton adolescente e Taron Egerton como o Elton adulto. E Taron faz um trabalho excepcional ao interpretar Elton John. O cantor estava presente nas gravações do filme e atuou como produtor do longa. Essa aproximação entre Elton e Taron com certeza fez muita diferença para a atuação final no filme.
Em alguns momentos  da história, temos a impressão de quem está ali é realmente Elton e não um ator. A maquiagem e figurino — feitos por Kati Ali e Julian Day — fizeram toda a diferença para tornar Taron em Elton.

O filme é contado por Elton e, de início, isso faz parecer que essa não será uma boa narrativa. Mas é o contrário. Essa narrativa é especial pois mostra como o processo de recuperação dos vícios o ajudou a entender que seu passado é uma parte dele, mas que não o define. Esse momento dele perceber que sua vida pode ser melhor, apesar do que todos ao seu redor falarem sobre como ele é um fracassado, é muito emocionante e com certeza é um ótimo ensinamento para pessoas que também sofrem com vícios poderem se identificar e abraçar seu futuro, deixando o passado para trás.

A melhor parte do filme é que, ao invés de focar nos shows e nas performances de Elton, o roteiro foca totalmente na sua vida pessoal. Mostra seus relacionamentos, a aceitação dele ao se declarar gay e seu envolvimento amoroso com o seu ex-agente John Reid (Richard Madden). Mas, principalmente, mostra o relacionamento com Bernie Taupin (Jamie Bell), seu compositor e braço direito. A relação entre os dois é de amor mútuo, mas um amor de irmãos que mostra como Bernie estava ao lado de Elton em todos os momentos.

Por focar nos altos e baixos de sua vida, o filme mostra muito sobre sexo, drogas e álcool de forma de explícita. Essa abordagem torna o filme muito mais real, pois mostra pelo que Elton passou de verdade, sem querer mascarar sua vida e deixá-la mais bonita visualmente.

Uma coisa é certa, não tem como não fazer uma comparação com “Bohemian Rhapsody”, já que as duas cinebiografias foram lançadas com pouco tempo de diferença e o diretor de “RocketmanDexter Fletcher, foi produtor executivo em “Bohemian Rhapsody”. Os dois filmes são igualmente bons. Mas as histórias são contadas de formas diferentes e com focos bem distintos. Enquanto “Bohemian Rhapsody” traz a grandeza dos shows do Queen, “Rocketman” investe em mostrar as fraquezas de Elton e como ele lidava com isso durante a fama.

Diferente de “Bohemian Rhapsody”, em que os atores dublam as músicas, em “Rocketman” todos os atores cantaram. O filme é uma mescla de biografia com musical, que deixou a história divertida e emocionante. E realmente não havia a necessidade de dublagem aqui. As icônicas canções de Elton cantadas nas vozes infantis ficaram lindas. E Taron realmente se saiu muito bem cantando todas as músicas. Ele conseguiu unir uma ótima atuação com uma boa performance musical.

Rocketman” vai além ao contar a história de Elton John. A mescla de drama, loucura, sonhos e amores da vida de Elton fazem um filme bonito, divertido e emocionante, que com certeza traz a tona a alma divertida e extravagante do cantor.

 

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