Cinco anos se passaram desde “Círculo de Fogo“, e dez anos se passaram no longa desde o último ataque dos Kaijus a humanidade, envolvendo o sacrifício do Marechal Stacker. A vida, tecnologicamente falando, está tão avançada que a produção de Jaegers e a evolução dos mesmos está em outro nível. O que vimos no primeiro filme é interessante pois Guillermo Del Toro nos passa um ar, uma realidade mais pé no chão do filme. Os robôs são gigantescos e pesados, a manipulação deles é difícil e, envolve esforço emocional e um pouco do físico, nem que seja bem pouco. A partir de “Círculo de Fogo: A Revolta“, tudo muda.
No início vemos eles acreditando na ideia de que não existe mais guerra. Estão protegidos e não precisam mais ter razões para terem proteção contra os monstros. E apesar disso, a construção de Jaegers aumentou e muito, há vários deles e outros que estão em outro nível. Uma prova disso é a construção em massa de novos que não precisam de piloto, são na verdade drones pilotados por pilotos que não precisam estar perto para fazer o robô se mexer. E ainda recrutam cadetes para serem pilotos, e dessa vez, mais novos. Puxando filmes mais teenagers. A responsabilidade de pilotar um Jaeger de magnitude gigantesca não é mais dada a adultos, mas também a adolescentes prodígios que tenham, obviamente, aptidão para aquilo.
Falando do elenco, bom, temos Jake Pentecost (John Boyega), que interpreta o filho do marechal, e meio-irmão de Mako (Rinko Kikuchi). A história do protagonista é clichê, e você já sabe o que acontecerá com ele, é simples e de fácil entendimento. Na verdade esse é um dos pontos negativos do longa, ele mastiga tudo para você e te joga na cara, como se ele precisasse de explicação. Boyega não consegue ser levado a sério como personagem de ação, pois a direção de Steven S. DeKnight é mal feita, faz com que ele se torne um alívio cômico com frases sem graça, aliás, uma das coisas mais negativas do filme são os diálogos extremamente mal criados.
O novo elenco, é aceitável. A segunda protagonista, Cailee Spaeny uma nova menina prodígio que rouba a cena e muitas vezes, que tem ‘tudo’ para se tornar uma nova aspirante de teenager que se torna uma atriz conhecida de Hollywood, pelo menos por agora. Scott Eastwood interpreta Nate lambert, um cadete experiente, e é um dos tutores dos novos pilotos, seu papel é o mesmo sempre, de um militar, filho de Clint Eastwood, nada mais, nada menos. Temos alguns atores do primeiro longa e alguns poucos novos.
A diferença entre “Círculo de Fogo: A Revolta” e o primeiro é que este se permite viajar mais, tirando a ‘realidade’ do primeiro, assim, você começa a não crer tanto na história em si, pois mais parece um “Power Rangers“. A estética do filme continua bonita e tanto os Kaijus e Jaegers estão muito bem produzidos com um CGI perfeito, principalmente os Kaijus. Infelizmente o roteiro é fraco e a direção não ajuda. Guilhermo está só como produtor, assim que o filme em muitos aspectos descambou a ponto de não ser tão bom quanto o primeiro. A estética escura, com drama, emoções e atores adultos com peso, como por exemplo, Idris Elba, fazem com que o primeiro filme seja muito bom, apesar da bilheteria ter sido mediana para um blockbuster desse.
“Círculo de Fogo: A Revolta” é uma sequência que poderia ter sido melhor, uma pena, pois sou fã, mas está fadada a ser um fracasso de continuação, é um filme que você de repente, assiste se passar em uma tela quente, mas nada mais que isso. A história da trama é boa, pois é claro que Del Toro se baseou em vários animes para criar essa história, vulgo Evangelion. Enfim, vale a pena ver em cinema? Com certeza é um filme para se ver em tela grande, mas é só isso, ao sair do longe sua necessidade de filme de ação fica sanada por um tempo.
Não deixe de conferir as novidades do CineOrna através das nossas redes sociais:
Facebook | Twitter | Filmow | G+ | Instagram | Tumblr | Pinterest | YouTube