Clássico da literatura americana, “O Grande Gatsby” chega aos cinemas brasileiros com elenco de estrelas como Leonardo DiCaprio, Carey Mulligan e Tobey Maguire. Em sua quarta adaptação cinematográfica, a obra ganha toques modernos, dados pelo diretor Baz Luhrmann, conhecido por filmes como “Moulin Rouge” e “Romeu + Julieta”.
Escrito por F. Scott Fitzgerald, em “O Grande Gatsby”, Nick Carreway narra sua temporada na fictícia West Egg (localizada em Long Island, próximo a Nova York) durante a década de 1920. Assim que se muda para a região, Nick retoma contato com sua prima Daisy e se depara como testemunha de seu ardiloso casamento com Tom Buchanan, quem por sua vez não se intimida em compartilhar com Nick seu affair com a esposa do mecânico. Enquanto isso, nosso narrador-personagem é envolvido também pelos mistérios que carregam seu vizinho Jay Gatsby, quem dá festas enormes em sua mansão, porém nunca participa de nenhuma delas. Um homem sem rosto nem passado, que intriga Nick imediatamente.
A primeira versão de “O Grande Gatsby” a chegar aos cinemas foi realizada em 1926 e a segunda em 1949, porém é o filme de 1974 estrelado por Mia Farrow e Robert Redford com roteiro de Francis Ford Coppola o mais conhecido entre eles. Neste, seguindo os modelos de sua época, a trama foi contada de forma tradicional. Exatamente o oposto da visão que Baz Luhrmann escolheu dar para a obra. O diretor optou por destacar elementos dados por Fitzgerald e ao mesmo tempo incrementar o longa com aspectos contemporâneos. Estilo que podemos ver claramente na direção de arte e na trilha sonora do filme, encabeçada pelo ritmo forte do jazz misturado com interpretações de cantores como Beyoncé, Lana Del Rey e Will.I.Am.
Já a narrativa se mantém fiel ao imprimir o ponto de vista de Nick como testemunha da ostentação dos personagens ao seu redor e ao mesmo tempo parte dos costumes que Fitzgerald tanto critica em sua obra. Nos diversos momentos em voz-over ao longo da trama, ouvimos através de Nick algumas das frases mais icônicas presentes no livro, como, por exemplo, a descrição que ele faz sobre o sorriso de Gatsby assim que o conhece e a narrativa sobre a origem do personagem-título.
Quem já assistiu “Moulin Rouge”, sabe bem o que se esperar de um Baz Luhrmann que tem a oportunidade de colocar as mãos em uma obra tão festiva quanto dramática como “O Grande Gatsby”. Quem não assistiu, espere por uma produção que não tem medo de dar uma repaginada completa em uma obra literária clássica. Afinal, se já temos adaptações tradicionais à disposição, por que reproduzir o que já foi feito? Sem banalizar a história, Luhrmann traz de volta estes personagens intrigantes em uma trama que caracteriza uma época específica da sociedade americana, mas que continua tão relevante quanto quando escrita
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