Neste próximo dia 30, estreia nos cinemas o nacional “Se Puder… Dirija!”, com Luiz Fernando Guimarães, Leandro Hassum, Lavínia Vlasak e Reynaldo Gianecchini, dentre outros no elenco.
A história do filme, dirigido e escrito por Paulo Fontenelle, gira em torno do manobrista João (Guimarães), que é pai ausente de Quinho (o pequeno novato Gabriel Palhares), fruto de uma relação com Ana (Lavínia Vlasak). João promete à ex-mulher cuidar do filho e leva-lo a uma gincana da escola em seu dia de folga. Acontece que, no fatídico dia, João é avisado pelo colega Edinelson (Hassum) que deve estar presente no estacionamento onde trabalha, frustrando seus planos com o filho. Mas ele não poderia simplesmente deixar a criança e Ana na mão. Assim, encorajado por Edinelson, João toma “emprestado” um carro de uma fiel cliente, a médica Márcia, interpretada por Bárbara Paz, para que consiga conciliar o horário do emprego com a rotina de Quinho – e ainda, levar o cachorro Moleque ao veterinário.
No momento em que sai da casa de Ana com o filho e o animal de estimação, João inicia uma jornada mirabolante para cumprir as tarefas estipuladas, uma vez que a cada esquina que cruza, seu tempo é tomado por acontecimentos um tanto inesperados – e inacreditáveis.
A ambição da Total Entertainment (produtora também por trás de sucessos como “Sexo, Amor e Traição” e “Se eu Fosse Você” e sua sequência) é evidente: emplacar um blockbuster brasileiro superior aos anteriores. A premissa do filme – diga-se de passagem, o primeiro 3D live action a ser lançado no Brasil, através da distribuidora Buena Vista International – parece ser simples: divertir um público abrangente, de todas as idades; afinal, trata-se de uma comédia familiar.
No desenvolver do longa, contudo, o espectador poderá se encontrar um tanto entediado com as situações nas quais o manobrista João se envolve. Por mais cômicas que possam parecer, acabam por entrar em conflito com o tão aguardado desfecho da estória. De uma maneira mais clara, a parte final do filme corre muito rapidamente, não sustentando todas as cenas precedentes para resultar em um fim coeso; daí a sensação de que faltou aquele “algo a mais” para fazer sentido.
Algo que colabora para essa desarmonia é o próprio Luiz Fernando Guimarães, que aparentemente se mostra desconfortável durante boa parte do filme. E, sinceramente, a tecnologia 3D, apesar dos esforços, mostrou-se tão sutil ao ponto de se caracterizar como descartável. De fato, é uma ferramenta coadjuvante, mas, ao contrário do que deveria prezar, não empolga o espectador.
“Se Puder… Dirija!” tem uma grande responsabilidade em agradar a gregos e troianos. Talvez um público mais exigente bata o pé, mas a fórmula da qual o filme se utilizou (nomes fortes no elenco e uma boa dose de marketing e divulgação) poderá minorar os deslizes da produção.
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