Nesse último mês que passou assisti dois filmes baseados em fatos reais. E a grande sacada dos filmes baseados em histórias reais talvez seja aquela pergunta que sempre me faço antes de iniciar o filme; “será que isso realmente aconteceu?”. Pois bem. O primeiro filme de qual quero falar, para fazer um contraste antes de chegar no filme que eu realmente quero falar, é o “O Impossível”. Difícil não se emocionar e entender que, se realmente aquela família passou por tudo aquilo, existe a mão de Deus em algum lugar daquela história. Independente se você acredita ou não em alguma força maior, “O Impossível” conta a saga de uma família que vivenciou o tsunami que devastou parte da Tailândia em 2004 e mais supreendente de tudo o que aconteceu com eles durante a “aventura”, é ver como tudo termina. Novamente faço o destaque de que, de alguma maneira, Deus conseguiu ser retratado de maneira muito interessante em todo o filme.
Por outro lado, e aí chego no filme que gostaria de falar hoje, chega nos cinemas uma outra opção de filme baseado em histórias reais. E se Deus esteve presente no “O Impossível”, em “Invocação do Mal” a coisa muda um pouco de figura. Apesar de os personagens principais do filme estarem sempre afirmando que Deus os uniu por um motivo. Mas, entretanto, acredite em mim: para enxergar Deus nesse filme você vai precisar quebrar um pouco a cabeça. “Invocação do Mal” é um filme de terror. E pior do que ser um filme de terror, é ser um filme de terror baseado em uma história real. Se for assistir, prepare-se. Digo isso porque surpreendentemente ninguém do CineOrna escreveu sobre ele ainda (ainda hoje tem crítica de “Invocação do Mal” aqui no CineOrna, por Carlos Pedroso).
“Invocação do Mal” é um filme padrão do gênero. Sustos, pessoas feias e possuídas, crianças fantasmas, cenas do tipo “não abra essa porta” e músicas para intensificar as partes de suspense fazem parte do filme constantemente. Entretanto, além dos scores originais do filme, compostos por Joseph Bishara, também somos convidados a ouvir músicas que, de certa forma, dão uma amenizada e deixam a gente respirar um pouco. Apesar dos clichês contados a seguir sou obrigado a dizer que podem ser um pouco spoilers, mas mesmo assim não entrega o filme.
The Zombies, com The Time of The Season, é a primeira a aparecer bem naquele momento em que a família feliz muda-se para uma casa que nem imaginam ser habitada por seres demoníacos.
Sleep Walk e In The Room Where You Sleep são as próximas. Os nomes são bem sugestivos já que surgem em momentos bem propícios e prometo parar por aqui. Mas vale contar a curiosidade de que a música The Room Where You Sleep é composta por Ryan Gosling e por seu amigo Zach Shields que montaram, em 2008, a banda Dead Man’s Bones.
Mais uma vez, apesar de alguns clichês, o filme me surpreendeu. De certa forma o roteiro não deixa você pensar que aquilo tudo que está acontecendo está perto do fim. É como se você esperasse o próximo susto ou o próximo evento que vai fazer algum personagem espiar debaixo da cama e encontrar algo não muito agradável. O filme não dá margem para o final feliz, entende? Assim como o “O Impossível” também não. O final feliz é algo que pode ser considerado tão subjetivo que talvez ele nem exista de verdade. Talvez ele exista. Não sei. Vou deixar você na dúvida para não entregar os pontos. A única conclusão que dá pra tirar é que “é a vida” e que conhecemos muito pouco sobre ela. “O Impossível” é um drama. “Invocação do Mal” é terror. Ambos porém conseguem trazer mensagens mais profundas do que a simples padronização em gêneros.
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