Ainda em clima de dia das crianças, o filme de hoje pode não ter marcado a infância de muitos, mas o clássico desenho da Disney tenho certeza que marcou:
Quem assume o figurino é a ganhadora do Oscar Colleen Atwood, já mencionada no post sobre os figurinos de “Branca de Neve e o Caçador“, e que é parceira de longa data do diretor, tendo trabalhado nos filmes “Peixe Grande“, “Sombras da Noite“, “Edward Mãos de Tesoura” e… assim por diante.
Para trabalhar neste filme, Colleen tirou bastante referencias do roteiro e também viu os sketches que o próprio Tim fez, pensando em cada personagem. A sintonia foi tão grande, que o que o diretor idealizou, Colleen pensou da mesma forma.
Vendo os personagens principais, começando com o icônico Chapeleiro Maluco, Colleen usou diversos tipos de tecidos para compor o figurino. Costuras a mão, retalhos, texturas diferentes são as peças chaves. Para incrementar ela coloca elementos como “porta tesouras”, “corrente de linhas” e uma gravata “animada” que reflete o humor da personagem, quando ele ta triste ela fica murcha, quando ele está feliz ela se abre. Além das meias de cores diferentes que deixa ainda mais cômico.
O figurino da Alice vai mudando conforme os cenários que a personagem vai descobrindo. Primeiramente ela aparece com o famoso vestido azul, com um toque mais moderno e estruturado, com bastante camadas de tecidos na saia, que deixa a cena da “queda no buraco” mais legal. O Vermelho aparece quando Alice entra na corte da rainha de copas, ganhando um vestido com diversas texturas e babados, lembrando a famosa carta do baralho.
Red Queen foi um desafio para Colleen, por causa da estrutura da personagem, com sua cabeça enorme. Além de ser usado bastante computação gráfica, o figurino ajudou a dar forma, como por exemplo, a gola foi criada para deixar a cabeça ainda maior.
White Queen, como o nome já diz, aparece sempre de branco com um vestido bastante estruturado, destacando o corpet bordado com perolas e rendas. O branco representa a pureza da personagem, porem alguns toques sombrios na maquiagem são colocados, o que deixa visível a marca do Tim Burton.
Finalizando trago uma experiência particular. Em 2011 participei de uma feira de arte e design chamada Pixel Show, em São Paulo, e tive a oportunidade e o prazer de conhecer o criador do concept art do filme, o ilustrador Bobby Chiu, do Imaginism Studios. Em sua palestra ele contou detalhes do filme e como foi para ele, como fã, trabalhar com Tim Burton. Posso dizer que foi uma palestra incrível e motivadora, Bobby incentivou a todos a pensarem alto e seguirem seus sonhos, que as oportunidades sempre aparecem.
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