A mostra de curtas-metragens da Mirada Paranaense do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba foi dividida em duas partes e pude prestigiar cinco produções locais, algumas delas realizadas por veteranos da minha faculdade. Faço abaixo comentários sucintos sobre cada um dos curtas apresentados na sessão exibida na Cinemateca no dia 01/06:

Te Extraño” – direção de Nathália Tereza

Rotulado como experimental, “Te Extraño” começa com uma jovem descrevendo um acontecimento presenciado por ela e depois segue para uma dupla de amigos que tomam uma estrada rumo a um poste peculiar para um deles, partindo para outro segmento. Existe o flerte com o sobrenatural, bem executados tecnicamente, mas não explora muito além disso, predominando incógnitas.

 

 

Jardim Tókio” – direção de Rodrigo Grota

Bonito fotograficamente, o curta apresenta um bom drama familiar envolvendo duas moças de ascendência japonesa que precisam se dividir para cuidar do tio floricultor cujo estado de saúde é grave, mas não querem ficar fadadas a isso enquanto o mundo lhe oferece muito mais. Lamentável ver que o restante do filme procura mostrar mais o cotidiano da garota Yuki do que resolver o conflito.

 

 

Caleidoscópio” – direção de Julien Guimarães

O entrosamento dos atores-personagens Hique Veiga e Greice Barros é bem conduzido ao longo do curta, mas no final não deixa de ser uma experiência aborrecida com um texto repetitivo falado ao longo de 16 minutos e com uma estética muito semelhante a de um filme dogmático ou até de um vídeo de teste de elenco.

 

 

À Espera” – direção de Felipe Aufiero

O silêncio predomina neste curta enquanto longos planos gerais no campo se apresentam revelando a solitude de uma mulher na estrada de terra esperando seu amado regressar, mas somente seu irmão vem ao seu encontro. O ator Luiz Barotto entrega uma singela atuação enquanto recita suas falas breves, ainda que um pouco artificiais, propondo seriedade ao seu personagem, longe de parecer grosseiro com a irmã, Fernanda (Viviane Gazotto), na maior parte do tempo apática. A textura aconchegante da fotografia nos planos internos aliada a boa edição de som também são pontos positivos. O figurino carregado da protagonista e a falta de ação nos planos me incomodou em alguns momentos.

 

 

As Águas” – direção de Larissa Figueiredo

Ausente de falas ou uma narração com voz, este híbrido de ficção e documentário poético rodado numa aldeia da Tailândia chama bastante a atenção não só pelos belos planos captados, mas pelo suspense provocado pelo misticismo do conto descrito pelas legendas sobre uma garota de 17 anos que foi prometida pelo pai a um estranho, mas uma fatalidade fez com que seu espírito se juntasse à corrente das águas.

  

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