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Em seu último dia, o Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba exibiu o último filme da Competitiva Olhares Brasil de Longa Metragem, Kátia (2012), dirigido por Karla Holanda.

Kátia Tapety tornou-se a primeira travesti eleita a um cargo político no Brasil – foi vereadora três vezes e vice-prefeita. O filme é resultado de 20 dias de convívio com ela no seu pequeno município no sertão do Piauí.

O documentário tenta abordar as diversas facetas de Kátia: sua preocupação com a comunidade, o amor de sua filha e de sua família, a rejeição do pai, a política, a simpatia e o preconceito da comunidade, entre outras coisas. Somos apresentados à sua rotina e aos seus costumes e logo percebe-se que Kátia não teve uma vida fácil.

Lembra muito o filme Olha pra mim de novo (2012), de Kiko Goifman, exibido ano passado no Festival Olhar de Cinema de 2012, porém menos interessante. Posso estar enganada, mas tive a impressão de que a diretora não sabia muito bem como abordar a vida de Kátia, e acabou colocando de tudo um pouco e nada de muito. Mesmo assim vale a pena ser visto.

O filme esteve presente nos seguintes festivais de cinema: 45 Festival de Brasília, 36 Mostra Internacional de Cinema São Paulo, Mix Brasil, For Rainbow.

Karla Holanda começou a dirigir filmes em 1992, quando iniciou uma série de documentários sobre escritores brasileiros. Em seguida, realiou outros curtas, entre documentários ficções, recebendo alguns prêmios em festivais. É doutora em comunicação e professora de cinema na Universidade Federal de Juiz de Fora.