O terceiro filme do novo universo de X-men nos cinemas, “X-Men: Apocalipse” se passa 10 anos depois de “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido” e para contextualizar esse filme é importante lembrar que em “Dias de um Futuro Esquecido” a Raven/Mistica (Jennifer Lawrence) salvou o presidente dos Estados Unidos de ser morto por Erik/Magneto (Michael Fassbender), fazendo com que a humanidade passe a conviver de forma mais tranquila com os mutantes. Durante esses 10 anos, Erik se isolou, deixou seus poderes de lado, casou e teve uma filha, seguindo os conselhos do Professor Xavier (James McAvoy), que reinaugurou o Instituto Xavier para Jovens Super Dotados e passa a ensinar jovens a controlar seus poderes e conviverem de forma amigável com o restante das pessoas. Enquanto isso, Raven está ajudando a salvar mutantes, que continuam sendo maltratados e sofrendo ao redor do mundo.
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O filme se passa nos anos 80, então temos todos os personagens anteriores com cerca de 40/50 anos e somos apresentados aos estudantes que tem cerca de 16 anos. Scott Summers (Tye Sheridan), Jean Grey (Sophie Turner) e Netuno (Kodi Smit-McPhee) ainda estão aprendendo a controlar seus poderes e a lutar como verdadeiros mutantes. É muito legal ver personagens já conhecidos, como jovens que não tem ideia do que estão fazendo.
Mas quando você começa a ficar animado em conhecer novos mutantes e o inicio do instituto, o vilão Apocalipse (Oscar Isaac) já chega destruindo a escola e fazendo com que os mutantes remanescentes lutem para que o mundo não seja aniquilado.
As cenas de luta do filme foram muito boas, mas ainda faltou uma introdução maior dos personagens, pois uma das coisas legais em um filme de mutantes é ver seus poderes e como eles se desenvolvem. E no filme, Apocalipse chega ‘entregando’ todos os poderes dos personagens, sem nos dar a chance de apreciar cada detalhe. Além disso, durante os trailers e propagandas do filme, parecia que o filme mostraria melhor a origem de personagens como a Tempestade (Alexandra Shipp), a Jubileu (Lana Condor) e a Psylocke (Olivia Munn), mas elas tiveram participações bem pequenas se formos comparar com o papel que elas tem nas histórias em quadrinhos.
Mas quem roubou a cena, mais uma vez, foi o Peter/Mercúrio (Evan Peters) que chega com humor em cada cena muito bem produzida e pensada nos pequenos detalhes.
O final foi um pouco decepcionante, pois quando o Professor Xavier percebe que não consegue lutar sozinho com Apocalipse, ele pede ajuda para Jean, pois sabe que ela tem um poder muito maior do que aparenta. Nesse momento temos sentimentos contraditórios. O primeiro é de decepção, por mostrar o grande poder de Jean e fazendo com que seu poder tenha o formato de uma fênix. Mas também é legal por nos dar uma dimensão do quanto eles podem aproveitar a personagem, pois se ela tem tanto poder sendo muito jovem e sem saber controlar, o resultado dela com toda a consciência de seu poder será um show a parte nos próximos filmes.
O filme termina dando pequenos detalhes do treinamento dos mutantes na escola reconstruída e nos permite imaginar os rumos que “X-Men” terá nos próximos anos, principalmente se os desejos do produtor Bryan Singer se concretizarem e o próximo filme se passar no espaço.
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