Olá, meus caros! Aqui é o jovem e talentoso, rico e bem sucedido Ricardo Pedroni, mais conhecido como “Namorado da Bárbara” ou “Ei, cara, arruma o layout do blog aí” e estou invadindo esse espaço que até então era apenas do nosso ilustre cinéfilo (Aurélio define: ci-né-fi-lo; subj.; pessoas que tem interesse sexual por cinemas) Kelvyn Kaestner. Mas como o Kelvyn é generoso (além de eu ser o administrador do blog), ele cedeu (após série de ameaças) carinhosamente esse espaço para eu periodicamente dar meus pitacos de cinema e outros interesses pela sétima arte (não me pergunte quais são as outras seis).
Cinéfilos na verdade são pessoas que não tem medo de irem em cinemas vazios.
Creio que tenho muito a incrementar aqui, devido ao meu background na área de cinema (que inclui, entre outros, horas usando uma webcam e um curso de Paint). Além disso, devo admitir que não menos que cinco vezes abri o programa “Movie Maker” (admito que três foram sem querer, confundi com o ícone do MSN). Mas não quero me prolongar aqui nem ofuscar os outros com meu currículo radiante. Darei adeus à minha virgindade e farei minha primeira crítica cinematográfica hoje! Então bora que a hora é agora!
O filme sob análise hoje é o “Super 8“, que está atualmente nos cinemas (ou no seu computador, seu pirateador safado). A sinopse oficial segue no excelente post prévio do Kel:
++Saiba Mais: Hoje Nos Cinemas | 12 de Agosto de 2011
“No verão de 1979, um grupo de amigos de uma pequena cidade de Ohio faziam filmagens com câmera Super 8 e testemunharam um grave acidente de trem. De imediato suspeitam que não se tratava de um mero acidente. Pouco depois, desaparecimentos e eventos inexplicáveis começam a acontecer na cidade. Ao buscarem a verdade, descobrem algo mais terrível do que qualquer um deles poderia imaginar.”
Crianças, buscando uma verdade e descobrindo que o que havia lá mesmo era mais terrível que imaginavam? Isso são fãs do Restart prestando atenção nas letras. Sinceramente, essa sinopse não faz jus ao filme. E vou explicar o porquê.
**** SPOILERS DETECTADOS! ****
(UUOOOOON toca sirene) Cuidado! Revelações bombásticas sobre o filme seguem. Aviso dado.
Bem, crianças, quando um filme tem uma sinopse que fala sobre algum acidente misterioso e uma busca por verdade, você sabe que estão falando de alienígenas. Ou macacos. Ou macacos alienígenas. Do inferno.
Enfim, existe algum ser que nos causará medo e mistério e cujo rosto só será revelado passados 64 minutos de filme.
OK, isso acontece em “Super 8”? Sim. Tem mesmo um alienígena? Sim. Tem uma seção super-secreta do governo americano que cuida de alienígenas? Sim. Tem mesmo a Fergie? Não. Não mesmo? Não. Isso tudo importa? Não muito. Por que?
Bem, porque o filme tem uma sinopse centrado ao redor de um acidente de trem e o envolvimento de um alienígena e o governo. Mas a essência, isso é, o que deixa esse filme especial está justamente no que circula ao redor dessa trama principal e se deve enormemente à direção, roteiro e especialmente o excelente elenco.
O elenco em questão é composto pelos 6 atores mirins principais, um grupo de amigos vivendo naquele clima do começo dos anos 80. O filme acertou em cheio ao ambientar você no mundo das crianças e as sensações do dia a dia de um adolescente na casa dos 15 anos vivendo nos anos 80 (lembram dos anos 80? Quando “amigo” era um termo usado para designar pessoas que eram seus amigos?). Quem nasceu depois de 1995 talvez não teve a oportunidade de uma infância que envolvia criar suas próprias aventuras sem twittar sobre elas depois.
Facebook da época.
E é aí que o filme brilha. Ele transmite de forma única toda a sensação de uma época da vida, desde estar cercado por todos os melhores amigos (quem consegue reunir mais que 5 amigos ao mesmo tempo hoje em dia se não no casamento ou num velório?) até a imaginação fértil e a busca constante por aventuras. Tudo isso munido com uma câmera Super 8, sempre ligada para gravar cenas para o filme sobre zumbi que a molecada estava fazendo (de bônus, nos créditos do filme dá pra ver o filme dos zumbis. Muito bom!)
Além disso, o romance entre o protagonista Joe Lamb (Joel Courtney) e a extremamente fofa Alice Dainard (Elle Fanning) é muito bem construído, nostalgicamente remetendo à pureza daquele amor de infância e adolescência. Vale destacar novamente a atuação dos dois. Dois atores bastante jovens com atuações bastante convincentes (nascidos depois de 1995 – ambos irão twittar sobre meu elogio).
Mas, e aí, o filme é perfeito? Perfeito, só minha mãe, Deus e minha namorada (ooohn, ganhei pontos). O filme desliza onde muitos filmes igualmente erram: no desfecho. O final do filme decepciona um pouco pelo contraste em que os eventos acontecem com os eventos anteriores do filme. Além do mais, alguns pequenos furos de nexo incomodam o bom observador, de forma a decepcionar um pouco justamente em um momento onde se esperava o contrário.
Mas, não se pode julgar um livro pela capa. Ou as últimas páginas. Então esse filme realmente vale uma olhada, seja com seus melhores amigos (se conseguir reunir mais que 4. Não vale passar o filme no velório de alguém) ou mesmo para sentir o amor adolescente com aquele seu amor (L).
Toda regra tem sua exceção.
Então, sem mais demoras, vamos aos patos:
Avaliação Final
Direção: 5 patos
Elenco: 5 patos
Fotografia: 4 patos
Enredo: 4 patos
Desfecho: 2 patos
Totalizando um coeficiente CineOrna geral de: 4 PATOS!
Sendo nosso MELHOR PLACAR DE PATOS DA HISTÓRIA DO CINEORNA! (e consequentemente nosso pior também).
Curtiram a avaliação?
Se sim, comente! Se não, minta! Se for minha mãe, Deus ou minha namorada, retribua o amor!
Foi um prazer tê-los, meus jovens, e até a próxima e excitante crítica da sétima arte!
Só no CineOrna!