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O quão grave parece a abstinência de sexo para um casal que, antes da chegada dos filhos, era literalmente viciado na prática? E se marido e mulher apelassem para novos recursos, como filmar a si mesmos executando as mais diversas posições, a fim de apimentar a relação que há um tempo já esfriou? Cameron Diaz Jason Segel se metem numa enrascada nesta comédia leviana que praticamente se abstém de pudores.

CineOrna | Sex Tape: Perdido na Nuvem PÔSTER

Annie (Diaz) e Jay (Segel, que também co-escreveu o roteiro) se conheceram ainda na faculdade e, desde então, era sexo dia após dia, em todos os lugares e horas possíveis. Já casados, os dois se empenham em carreiras promissoras e em cuidar dos filhos, mas transar que é bom, nada – ou a muito custo e ainda numa possibilidade remota no final de semana. Quando surge uma possibilidade do casal ficar a sós em casa, mas consequentemente as inúmeras tentativas com posições inusitadas só os desanima (fora o desconforto), ambos veem no iPad novo de Jay uma chance de engrenar a vida sexual novamente: rodar um filme erótico, somente para os dois, praticando as mais exóticas posições de um renomado livro da década de 1970. O casal só não esperava que o vídeo fosse cair no serviço de armazenamento na nuvem, a mesma que Jay utiliza para compartilhar com os donos de seus antigos iPads as playlists com músicas do seu trabalho.

CineOrna | Sex Tape FOTO #cineorna

CineOrna | Sex Tape FOTO #cineorna

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Mensagens anônimas, chantagens e uma corrida contra o tempo fazem com que Annie e Jay saiam à procura dos donos dos iPads presenteados antes que eles assistam ao vídeo, para o vexame dos dois. Sim, há uma resolução real muito mais prática, mas o roteiro de Jason Segel, Kate Angello e Nicholas Stoller precisa se sustentar com vários incidentes e faz questão de se demorar na mansão do afetado patrão de Annie até chegar à sede de um site de vídeos pornôs, cujo proprietário é vivido por Jack Black, sendo praticamente ele mesmo. Há referências de cultura pop cotidiana que soam bastante orgânicas e ainda compõem boa parte das risadas, sobretudo quando os protagonistas vão resgatar um tablet com um casal amigo que comemoram o aniversário de casamento acompanhando tardiamente a primeira temporada de um famoso seriado.

Sex Tape: Perdido na Nuvem” segue a linha de comédias sem vergonha como “Família do Bagulho“, ainda que esta seja mais divertida e ágil, sem contar no seu considerável número de planos com nudez (traseira, para desagrado de alguns e repúdio para outros). Entretanto, para os padrões de Hollywood, o filme dirigido por Jake Kasdan consegue dialogar com a questão do sexo de forma surpreendentemente aberta e sem recorrer àquela típica erotização banal da mulher tal qual a temática costuma cair.

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