Confesso que estava com bastante receio em ver esse longa, pois pensava que poderia ser uma grande bucha. Normalmente filmes com essa proposta acabam sendo uma grande e enorme decepção. Mas posso dizer sem medo que “Pokémon: Detetive Pikachu” é um filme bem bom e com toda certeza se compromete com o público adulto, pois o foco são as pessoas que acompanharam essa geração de desenho/anime. A intenção é tentar pegar a nova geração de hoje e cativar tanto quanto cativou a nós, que acompanhamos esse desenho desde pequenos.
O longa começa de uma forma muito explicativa, pois se atém ao fato de que tem uma pegada, querendo ou não, bem infantil. Sendo assim é totalmente convidativo aos adultos verem o filme com a cabeça de uma criança. Eles explicam sobre as batalhas pokemons que, apesar de ser o foco do desenho, não é o caso do longa, que se atém mais nos jogos antigos de game boy. O filme conta a história de Tim Goodman (Justice Smith), que perdeu seu pai em um acidente de carro, pois estava investigando um caso. Nisso, o responsável por contar a história a ele foi o tenente Hide Yoshida (Ken Watanabe). Chegando no apartamento de seu pai, ele conhece o parceiro pokémon do mesmo, um Pikachu. Por casualidade ele é o único que consegue conversar e entender o pokémon, as demais pessoas somente escutam o som que o mesmo faz, como víamos no desenho.
Nessa, ele conhece uma pequena assistente metida a repórter, chamada Lucy Stevens (Kathryn Newton) investigando a morte de seu pai, e a mesma trabalha na empresa responsável por todo o desenvolvimento da cidade aonde vivem, que mistura a vida urbana das pessoas com a dos pokemons, se harmonizando e trabalhando juntos. No decorrer do longa vemos essa busca dos dois pela suposta morte do seu pai, já que mediante a ajudar do Pikachu ele acredita que seu pai ainda possa estar vivo. O desenvolvimento do longa é bastante fraco em quesito trama, mas aí que está o foco do filme, se assemelhar muito ao próprio desenho, aonde ele o faz com muita similaridade. O propriamente vilão é um personagem bem caricato no estilo equipe Rocket.
Eles abraçam muito a ideia do primeiro filme com o desenvolvimento do pokémon mais forte, Mewtwo. Seguem a mesma linha de criação do filme/ animação. Mas ele só aparece como o clímax do filme no 3 ato, quase encerrando o longa. Como um todo o longa é muito divertido, a história é fraquinha mas aceitável. O que mais me surpreendeu com toda certeza foi o CGI. Ele está muito bem feito a ponto de você achar o próprio Pikachu o pokémon mais fofo que existe e se surpreender com os detalhes do próprio Charizard. Pokémons como o Bulbassauro por exemplo, que são do tipo anfíbio/planta, você nota a característica de pele bem mais lisa, ou seja, o cuidado nesse aspecto foi muito bem elaborado. Em resumo, o filme conta com grandes referências do desenho, agradando muito os fãs mais antigos, adultos. Com respeito as crianças, acredito que tem potencial para agradar essa nova geração, se continuar sendo explorada mais e mais.
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