O Contador 2” traz Ben Affleck de volta ao papel do enigmático Christian Wolff, um gênio da matemática com habilidades letais. A trama gira em torno do assassinato de seu ex-chefe e o reencontro com seu irmão Brax (Jon Bernthal), que o acompanha em uma nova missão contra um grupo de criminosos. Com direção segura e ritmo acelerado, o filme mira direto nos fãs de ação clássica.

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Affleck + Bernthal: Dupla que Funciona

O grande trunfo da sequência é a dinâmica entre os irmãos Wolff. Christian é frio, metódico e introspectivo, enquanto Brax é instintivo e impulsivo — juntos, formam um contraste explosivo e carismático. A química entre Ben Affleck e Jon Bernthal sustenta boa parte da narrativa, entregando momentos que misturam ação intensa com pitadas de humor seco e drama familiar.

Ação Bem Coreografada, Roteiro Mais Simples

Com mais cenas de luta, tiroteios e perseguições do que seu antecessor, “O Contador 2” aposta num entretenimento mais direto. A trama é linear e deixa de lado as investigações complexas, focando no espetáculo. Para quem procura um thriller frenético, a proposta funciona: ritmo ágil e tensão constante, com produção visual competente.

Clichês e Subtramas Mal Exploradas

Apesar dos pontos fortes, o filme tropeça ao repetir estereótipos. A personagem da agente Marybeth Medina (Cynthia Addai-Robinson) é subutilizada, caindo num papel secundário burocrático. Além disso, a representação de autismo como sinônimo de genialidade antisocial reaparece, especialmente em cenas envolvendo crianças superdotadas, o que soa forçado e datado.

Nota CineOrna: ⭐⭐⭐🌟🌟 (3,5/5)
Para quem? É ideal para quem gosta de ação sem complicação e personagens carismáticos. Pode não ter a densidade emocional do primeiro filme, mas compensa com adrenalina e um reencontro empolgante entre Affleck e Bernthal. Uma boa pedida para os fãs do gênero e da dupla principal.