Uma peça de teatro intitulada “A Forca” é encenada numa típica high school americana em 1993 e amigos de um ator promissor chamado Charlie filmam o espetáculo. O clímax da peça tem um inesperado e fatal desfecho e, desde então, uma lenda surgiu sobre tal acidente. Exatos vinte anos depois, o grupo de teatro da mesma escola está prestes a reencenar a trágica peça, tudo documentado pelo debochado Ryan e sua câmera. Utilizando apenas tais filmagens, “A Forca” defasa ainda mais o recurso da found-footage, subestimando a capacidade de sua própria narrativa.
Um dos amigos mais próximos de Ryan, Reese, fazia parte do time de futebol do colégio, mas preferiu seguir as aulas de teatro para ficar mais próximo de Pfeifer. Desacostumado com o trabalho de ator, Reese tem dificuldades em recitar as falas, além da pressão e medo de estar no papel vivido por Charlie na outra ocasião. Buscando cessar “a falta de talento” do amigo, Ryan e a namorada Cassidy pretendem invadir o colégio durante a noite e quebrar todo o cenário da peça – e até Ryan vai junto nessa. O problema é que coisas começam a acontecer dentro e fora do palco. Estrondos “assustadores”, peças do cenário destruídas que voltam a ficar em ordem e, como sempre, portas trancadas e linhas telefônicas mudas. Quem provoca o “Charlie Charlie“, já tem a corda no pescoço.
Pretensiosos em criar um suspense com poucos personagens e utilizando a “técnica” de found-footage para inserir a câmera como uma fonte de luz, Travis Cluff e Chris Lofing dificilmente conseguem trazer um terror crível para a imagem a não ser prenunciando por meio de efeitos sonoros tão comumente usados em produções de baixo orçamento e, ainda que haja bons cortes entre cada vídeo das câmeras utilizadas, a força do filme fica por conta de seu espectador que fica na ansiedade por momentos mais impactantes do que os existentes ali. Há, todavia, um mistério que é bem (de leve) alimentado por objetos do passado que até fortalecem o argumento do filme e, quando tudo indica que pode muito bem ser uma trama de vingança, os rumos da narrativa convergem apenas para uma simplória intenção de violência paranormal.
Por todo o seu chamariz nas redes sociais com a “brincadeira” feita em vídeo, “A Forca” prometia algo grande ao mesmo tempo em que não tinha nada a oferecer. E quando o gran finale da peça ousa ser “inteligente”, os diretores não se contentam com menos e ficam reféns de sua proposta pra lá de batida, apresentando um terrível pastiche.
Confira mais informações sobre o filme:
Notícias | “A Forca” ganha seu primeiro trailer
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