
Quando o suspense sabe o que está fazendo
Christopher B. Landon já provou ser um mestre do suspense com pitadas de criatividade — seja roteirizando “Paranoia” ou dirigindo os cults “A Morte Te Dá Parabéns” e “A Morte Te Dá Parabéns 2″. Em “Drop: Ameaça Anônima“, ele retorna com um filme intenso, direto e cheio de tensão psicológica.
A trama gira em torno de Violet (Meghann Fahy), uma mãe solteira e viúva que resolve dar uma chance ao amor. Mas seu primeiro encontro com Henry (Brandon Sklenar), um charmoso desconhecido, vira um pesadelo quando ela começa a receber mensagens ameaçadoras de um número anônimo. O jogo é claro: siga cada instrução à risca ou seu filho e sua irmã morrem.

Um suspense que não subestima a sua inteligência
Grande parte do filme se passa dentro de um restaurante — e a sensação de claustrofobia é palpável. Com cortes precisos, uso criativo de câmeras de segurança e planos fechados que intensificam o desconforto, “Drop: Ameaça Anônima” mergulha o espectador num suspense de roer as unhas.
O que chama atenção aqui é a inteligência da protagonista. Violet reage com lógica, medo realista e estratégia, sem as decisões absurdas que costumam frustrar quem ama o gênero. O filme é como um bom jogo de xadrez: tenso, estratégico e sem jogadas óbvias.

Atuações certeiras e direção segura
Meghann Fahy está excelente como Violet, equilibrando vulnerabilidade e força. Brandon Sklenar entrega um Henry carismático e enigmático, e o elenco de apoio sabe quando aparecer sem roubar a cena. Ninguém tenta ser o “grande destaque” — e isso favorece o tom do filme.
Christopher Landon mostra maturidade em sua direção, com uma estrutura narrativa bem montada e um ritmo que cresce a cada nova ameaça. Ele não tenta reinventar a roda, mas sabe exatamente como fazê-la girar com maestria.

Vale a pena ver Drop: Ameaça Anônima?
Sim! Para quem busca um bom filme de suspense em 2025, “Drop: Ameaça Anônima entrega tudo o que promete: tensão crescente, personagens bem escritos, ambientação eficaz e uma história que segura do início ao fim. A Blumhouse, responsável por “M3GAN” e “Corra!“, acerta mais uma vez.

Nota do Cine Orna: ⭐⭐⭐⭐☆ (4/5)
Indicado para: fãs de thrillers psicológicos, de jogos mentais à la “Pânico” e “Garota Exemplar“, e para quem quer se sentir preso à cadeira por 100 minutos.