Novo filme de Denis Villeneuve traz alienígenas para abordar temas extremamente humanos. “A Chegada” retrata o mundo atual, quando doze naves alienígenas chegam à Terra e se fixam em diversas áreas do planeta.

Então os líderes mundiais e os exércitos dos países onde se encontram as naves se unem, para tentar decifrar a principal pergunta: o que os aliens querem?

Para ajudar o governo, linguistas, físicos e matemáticos são recrutados para trabalhar nessa missão. Nesse momento somos apresentados à Louise Banks (Amy Adams) e Ian Donnelly (Jeremy Renner), que são os melhores profissionais de suas áreas, e vão contribuir com o Governo dos Estados Unidos para tentar descobrir tudo o que podem sobre a nave que está fixada nos Estados Unidos.

O filme então passa a tratar de assuntos muito comuns à nossa realidade, como a apreensão perante ao desconhecido, a dificuldade de acreditar que somos capazes de  realizar tarefas e a maravilhosa sensação de descobrir um mundo totalmente novo.

E acompanhamos tudo isso pela visão da própria Louise, que preciso comentar, a atuação de Amy Adams nesse filme está espetacular. Ela nos insere nas dificuldades, apreensões e angústias de sua personagem, nos deixando mais próximos da história.

O filme surpreende pela fotografia, que desperta uma sensação de imensidão de locais e ambientes, além do uso do desfoque para levar o público a prestar atenção exatamente no que o diretor quer, além de sempre focar na personagem principal. A música ambiente ainda torna tudo sentimental, angustiante e envolvente. É realmente muito bonito de ver tudo isso junto.

Esse não é um filme de batalhas, explosões e luta pela sobrevivência. Mas sim, uma história sobre precipitação, sobre lutar pelo que acreditamos e entender que nossas ações interferem no mundo de forma grandiosa.

Denis Villeneuve e o roteirista Eric Heisserer acertaram muito ao unir a descoberta de alienígenas em um filme que os retrata de forma peculiar, mas também muito humana, mostrando também que nós somos seres que precisam evoluir muito em todos os sentidos de nossas vidas, aceitando que, muitas vezes, não temos como alterar o que o futuro nos reserva.

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