Chegando nesse mês aos cinemas, “Uma Aventura Lego” traz nostalgia aos mais velhos e diversão aos mais novos em uma aventura curiosa e interessante. Os diretores Lord Miller e Chris McKay conseguiram criar um clima de infância sem ser infantis ou imaturos ao construir uma animação em computação gráfica com cara de stop motion, onde os personagens e os cenários são limitados dentro do mundo do brinquedo, onde tudo é desmontável e encaixável, de nuvens à água, de ruas à prédios. Essa animação (que para as crianças é realmente lego de verdade) desperta a vontade de brincar e montar o lego, causando saudades da infância e alegria. Tudo é possível! É só imaginar e criar.
Esse é um dos principais temas do longa metragem, a criação. No começo, quando somos apresentados ao personagem principal, Emmet, somos também introduzidos ao sua cidade e suas regras, geridas através do manual. Todos os cidadãos devem segui-lo (ser igual a todos, não chamar atenção, cumprimentar os vizinhos, pagar caro no café da empresa do presidente), caso contrário, terão consequências drásticas. O malvado Sr. Negócios, o tal presidente do país e do mundo, não suporta o caos da criatividade e restringe a todos em seu playgroud particular que é sua cidade, ameaçando acabar com o mundo colando todas as peças que conseguir. No decorrer da aventura, Emmet aprende com seus novos amigos que a criatividade é muito mais positiva, une as pessoas e eleva o conhecimento de todos. Isso pode ser diretamente relacionado com a própria brincadeira de montar lego. Alguns itens vêm com instruções de montagem – como uma nave, um navio ou um carro – porém não podemos deixar essas indicações guiarem a brincadeira, o que conta é a diversão.
Até agora tudo lindo e maravilhoso, muitos pontos para os realizadores. Porém o filme tem suas falhas, e não são pequenas. A construção sonora é muito fraca, uma tentativa exagerada de controlar as emoções do espectador a cada momento, principalmente nas piadas prontas, que de tão ruins nem as crianças que estavam assistindo a animação se divertiram com elas. Sem falar nos efeitos em 3D, que só servem para mostrar como a computação gráfica fez parecer que tudo era feito de lego de verdade e encarecer o ingresso. Totalmente dispensável.
Com todas essas questões, e outras mais, “Uma Aventura Lego” é mais divertido do que fiz parecer. A história, por mais previsível que seja, traz referências de dezenas de filmes, a começar com Star Wars e Senhor dos Anéis, até os grandes super-heróis que estão tão na moda. Criticando sua própria origem, o brinquedo de encaixar, a aventura é intrigante e bonita, visualmente falando. Um filme sessão da tarde, para toda a família.
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