Olá pessoal, primeira semaninha de outubro chegou e hoje trago um ótimo filme, com um figurino um tanto excêntrico. The D is silent:

 

Django Livre, mais recente longa do mestre Quentin Tarantino, teve estreia no começo do ano e trouxe mais um filme emblemático daqueles de tirar o fôlego. Elenco de primeira, trazendo a frente os dois Vencedores do Oscar Jamie Foxx (“Ray“) e Christoph Waltz (“Bastardos Inglórios“), além de Leonardo DiCaprio (“A Origem“), cuja a interpretação merecia uma indicação da academia ¬¬, Kerry Washington (“Ray“) e Samuel L. Jackson (“Os Vingadores“).  Dessa vez a temática em questão é o ambiente western, vivido antes da Guerra Civil americana. Django (Jamie) é um escravo comprado por Dr. King Schultz (Christoph), caçador de recompensas que procura e mata criminosos. Após Django ajudar a encontrar os Irmãos Brittle, Dr. Schultz o liberta e os dois partem em busca da esposa do ex-escravo, que foi vendida para a propriedade Calvin Candie (DiCaprio). O longa, de quase 3 horas de duração, tem muito mais detalhes que isso e posso dizer que a historia vale cada minuto.

 

Como já mencionei no post de “Kill Bill“, Quentin Tarantino com sua longa lista de referências cinematográficas, gosta de recriar personagens de seus filmes preferidos. O universo bem no estilo Spaghetti Western e demais séries da década de 70 o inspirou nesse filme. Isso, obviamente, refletiu no figurino criado por Sharen Davis (“Dream Girls“), que em sua primeira reunião com o diretor teve que assistir a série “Bonanza“, onde Quentin especificava que queria assim as roupas de Django.

 

Outra série que inspirou foi “The White Buffalo” de 1977, onde o personagem de Charles Bronson usava óculos escuros redondos. Como Jamie tem um rosto largo, foi difícil encontrar óculos que se encaixavam.

 

Um figurino que ficou super cômico, meio fora de contexto, foi a roupa azul bem estilo renascentista que Django usa quando decide comprar sua primeira muda de roupas. Quentin queria algo azul, mas Sharen discutia dizendo que não tinha referencia para Western 70, nisso acaba escorregando uma imagem do quadro O Menino de Azul de Thomas Gainsborough. Pouco tempo depois, Quentin diz que queria que Django se parece com  pintura. 

 

Partindo para o figurino feminino, outros filmes também são lembrados como “Blood for a Silver Dollar“. Broomhilda é uma escrava, então seu figurino tem vestidos com tecidos simples. Depois quando ela vai para a fazenda de Candie, ela ganha roupas mais sofisticadas parecendo uma boneca. Isso também acontece nas visões que Django tem da esposa.

 

Os demais personagens também possuem um figurino incrível, bem estruturado e que referenciam os filmes e os artistas preferidos de Quentin. O personagem Calvin Candie é inspirado em Rhett Butler, por exemplo.

 

Para Sharen, foi uma surpresa trabalhar com o diretor, pois como ela mesma menciona: “Não gosto de filmes violentos, com muito sangue…” Porém isso não foi um problema e Sharen diz que foi incrível trabalhar com Quentin, que tinha todos os scripts desenhados, além de ter em mente muito bem como queria cada personagem. 

 

 

Já assistiu? Então vá assistir!

 

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