Uma das coisas que posso afirmar com certeza dos filmes desse ano indicados ao Oscar é, como eles estão absortos em prolongar sua história com um ritmo lento, ou seja, você acaba tendo que lidar com longas extremamente arrastados, e “Trama Fantasma” não é diferente!

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“Trama Fantasma” conta a história de um estilista renomado britânico, Reynolds Woodcock (Daniel Dan-Lewis) que vive com sua irmã, os dois levam esse negócio de família muito a sério, sendo Cyril (sua irmã) a que administra tudo e Rey é o gênio por trás dos modelos mais cobiçados.

A história se aclimatiza com a ‘chegada’ de Alma (Vicky Krieps) uma garçonete que chama atenção dele, e com isso ele acaba se envolvendo com ela, sendo um pitada (bem pequena de amor) e a outra mais profissional, pois vemos como ela inspira ele, em vários sentidos. Ela tem um perfil de modelo, uma beleza que passa desapercebida mas que aos olhos cuidadosos a transformam em uma linda mulher. E como todo  artista precisa de uma musa, com ele não é diferente. No decorrer vemos o papel que ela desempenha na vida do estilista, mas ela de uma vivência mais esporádica, rústica, e ele é mais meticuloso, quieto, envolto em seu mundo e cheio de toc. Nessa meio a irmã que está muito presente sempre. Em meados do longa vemos que a irmã é praticamente uma sombra dele. E o filme se baseia em três protagonistas.

O que eu mais gostei desse filme além da temática fashionista, e de seu figurino, são as formas artísticas que vemos no atuar de cada ator, como se cada momento fosse baseado em um sentimento próprio, do qual se entregam de paixão. Daniel é sublime, um ator de experiência e maturidade, não decepciona mesmo, o resto do elenco também está muito bem, obrigado. No terceiro ato, que nessa altura é um sacrifício ver o filme (pela lentidão) vemos o clímax do amor entre esses dois, coisa que nos arremete a hoje. Um relacionamento totalmente abusivo (emocionalmente), o que não é diferente da vida real. Você ‘ama’ a pessoa mas não quer largar dela. Simples assim.

“Trama Fantasma” tem uma história boa, mas é um filme para um mercado pequeno, nicho fechado, já que o público em geral não irá gostar dessa temática e ritmo mais encorpado e devagar. Pela estética, enredo e atuações está concorrendo ao Oscar desse ano. Vale a pena? Sim, mas com certeza não é um filme que você veria de novo tão cedo.

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