Dirigido por Michael Bay (“Transformers“, “Pearl Harbor” e “Armageddon“), “Sem Dor, Sem Ganho” põe uma lupa no modo de vida de fisiculturistas norte-americanos, abusando de críticas à indústria de anabolizantes e da busca pelo corpo perfeito. Você não precisa ser um frequentador de academia para imaginar que o termo americano No Pain, No Gain, tem relação direta com atividades físicas e musculação.
Daniel Lugo (Mark Wahlberg) adorava malhar e trabalhava como instrutor de fisiculturismo em uma pequena academia, na Flórida, mas ele sonhava grande e queria muito mais. Disposto a realizar este sonho, convence seu fiel seguidor Adrian Doorbal (Anthony Mackie), e o ex-presidiário Paul Doyle (Dwayne Johnson) a participarem de um golpe. A vítima será um dos alunos de Daniel na academia, Victor Kershaw (Tony Shalhoub), um cara cheio da grana. O plano até que deu mais ou menos certo, mas os caras queriam mais e um investigador aposentado chamado Ed Dubois (Ed Harris) começa uma perseguição para colocá-los atrás das grades.
O filme tem uma excelente pegada de humor sarcástico. Com várias cenas de torturas hilárias e os diálogos entre os bandidos são exatamente a cereja do bolo.Por isso mesmo o grande destaque positivo desse filme vai para o comparsa Paul (Dwayne Johnson) que é um ex-presidiário do estilo convertido na cadeia e tem as melhores tiradas do filme. O roteiro não é perfeito e podemos prever algumas situações, mas isso não tira a graça.
O que mais chamou a atenção no projeto foi o seu custo. Acostumado a trabalhar com orçamentos de mais de 200 milhões de dólares, Michael Bay conseguiu fazer “Sem Dor, Sem Ganho” com pouco mais de 10% deste valor – estima-se algo em torno de 26 milhões de dólares. Mas não parece. O estilo do cineasta, com muitas cenas de ação, câmeras-lenta e contra-luz, prevalece e o resultado é bonito de se ver. O trio de protagonistas que pareciam apenas três homens iludidos e sonhadores, tornam-se dignos de pena diante de tantas decisões erradas e em nenhum momento se faz julgamentos próprios, dando a liberdade de cada um decidir o que pensa sobre os criminosos. O roteiro prefere assim partir para um tom mais de crítica a ilusão do conhecido sonho americano e tudo que ele afeta nas pessoas, não só os estrangeiros, como nos próprios estadunidenses.
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