A cineasta norte-americana Kimberly Peirce topou o desafio de recriar o universo de uma das histórias mais famosas de Stephen King, “Carrie: A Estranha“. Com pequenas adaptações para a nossa época, fato que já diferencia esse remake do seu original dirigido por Brian de Palma em 1976, e uma atuação convincente de Chloë Grace Moretz (“Kics-Ass 2“).

 

Carrie é uma adolescente tímida ( numa atuação igualmente tímida, com o perdão do trocadilho) e desconfortável com sua aparência física, que se sente deslocada nas aulas de educação física do colégio. Em casa, ela sofre com os castigos de sua mãe Margaret (Julianne Moore), uma mulher religiosa, instável e hiper controladora. Após sofrer um bullying de suas colegas de classe, Carrie passa a manifestar poderes telecinéticos toda vez que se descontrola emocionalmente.

Os diálogos são fracos; praticamente todos entre Carrie e sua mãe servem de exemplo (é vergonhoso quando Carrie conta que seu poder de telecinese é hereditário). O filme utiliza vários clichês sonoros de filmes de terror barato (principalmente nos sustos esporádicos e gratuitos), mas sequer consegue se caracterizar como um deles. Chloë Grace Moretz volta a atuar bem em um remake. No ano de 2010, a jovem atriz norte americana de apenas 16 anos surpreendeu os cinéfilos com uma bela atuação na pele da vampira Abby, no suspense “Deixe-me Entrar“, baseado na fita sueca de Tomas Alfredson (“O Espião Que Sabia Demais“).

 

 

Outro problema de remakes é que, uma vez realizados, eles são inevitavelmente comparados ao filme original. “Carrie: A Estranha” vive não só sob a sombra do filme de Brian de Palma, mas também de inúmeros outros filmes produzidos na última década (de outros gêneros inclusive). Toda a sequencia final, na festa e na rua, parece extraída de algum filme de ação e/ou de super-herói. Enquanto o filme de 1976 é marcado pelo impacto e pelos contrastes entre o antes e o depois da fatídica mudança da personagem principal, o novo longa é um filme achatado, perdido, sem construção de clima e sem terror.

 

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