Mais uma semana chegou e hoje teremos um post muito refinado, elegante, luxuoso, rico e extravagante.

 

Todos já devem ter estudado na escola a história da França de XVIII, obviamente a primeira coisa a ser lembrada é de uma rainha exuberante com enorme penteado. Sim, Maria Antonieta é um ícone feminino histórico e fashionista que é lembrado até hoje, e nada melhor que um filme que pudesse retratar o que foi essa mulher. Pra quem conhece as produções de Sofia Coppola sabe que a diretora não irá fazer um filme convencional, e foi assim com “Marie Antoniette”. Kirsten Dunst assume o papel principal, que conta a história da menina austríaca que entra para a corte francesa e deixa sua marca como uma jovem mulher inovadora, que abala a sociedade onde vive. Sofia quis deixar o filme mais moderno, mostrando não a rainha da França, mas sim uma menina/mulher rica que gostava de festas, luxos, romances, roupas, jóias, sapatos, como se fosse uma adolescente dos tempos atuais, com problemas, amores e fraquezas. 

 

Ninguém melhor para elaborar o figurino que a incrível Milena Canonero, que possui um currículo invejável e foi ganhadora de 3 Oscars de Melhor Figurino. Descoberta por Stanley Kubrick (ele mesmo) seu primeiro filme foi “Laranja Mecânica” (esse mesmo), e isso rendeu uma parceria de sucesso que perdurou em outros filmes do diretor. Em “Maria Antonieta” o figurino é perfeito e digo que é, sem sombra de dúvidas, a melhor coisa do filme. 

 

Milena conseguiu retratar todo o requinte da época, trazendo vestidos volumosos, chapéus e acessórios exuberantes, além das famosas perucas que proporcionavam aqueles penteados grandes e chamativos. A grande sacada foram as cores que mostravam as etapas da vida da personagem. No começo do filme vemos a predominância de cores frias, como o azul, que mostram a inocência da Maria saindo de sua terra natal e entrando para a corte francesa.

 

Na segunda fase entram as cores mais chamativas, principalmente o pink, para representar as festas e eventos da rainha. Ai entram camadas e mais camadas de saias, corpetes, babados, adornos, flores artificiais, broches. Indo para os acessórios, temos chapéus grandes, luvas, sapatos bem enfeitados, joias. No filme vemos bastante doces, como os famosos cupcakes enfeitados, isso se assemelha ao visual geral entre figurino e cenário. Para dar uma descontraida na cena, Sofia coloca junto com os sapatos de época um All Star.

 

Quando Maria resolve sossegar o facho, ela se muda para um refúgio no campo com os filhos, assumindo uma postura mais naturalista, com vestidos mais leves de cores pasteis. Isso caracteriza estado seu estado de espírito, pois nesse momento a personagem esta em uma fase romantica e busca por calma.

 

Na última fase estamos à beira da Revolução Francesa, onde as extravagância e cores são deixadas de lado e o preto assume o papel principal. Mesmo tirando todos os adornos que estavam presentes, o requinte permaneceu até os últimos minutos.

 

E, para finalizar, trago um trecho de uma entrevista de Milena dizendo como foi trabalhar com Sofia: “Em Maria Antonieta, a nossa diretora Sofia Coppola não queria fazer algo acadêmico e, ao mesmo tempo, não queria fazer algo que não fosse crível. Então fomos em uma direção que é a arte que vocês conferem agora. Cada vez que você trabalha o mesmo período [num filme de época], você pode fazê-lo de tantas maneiras diferentes… a visão do diretor é a coisa mais importante em um filme”. 

 

 

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