Me aposentei, e agora? Bom esses sete recém aposentados podem responder essa pergunta. “O Exótico Hotel Marigold” conta a história de um grupo de aposentados britânicos que decidem aproveitar o tempo pós uma vida de trabalho, em um destino diferente do que muitos imaginam, a colorida, econômica e exótica Índia. Atraídos por anúncios do recém-restaurado Hotel Marigold e seduzidos com visões de uma vida de lazer, eles chegam para encontrar no palácio um espelho de suas vidas. O que encontram pode não ser o esperado, e nem luxuoso como divulgado, mas ainda assim, as suas experiências em um país desconhecido e com um cultura tão diferente e rica irá transformar cada um em particular, descobrindo que a vida e o amor podem começar de novo quando se deixa de viver no passado.

 O elenco do filme é sem dúvida inquestionável de sua reputação, provando mais uma vez o segredo do diretor britânico John Madden, conhecido principalmente pelo seu trabalho mais famoso e premiado, “Shakespeare Apaixonado”, que conquistou sete Oscar em 1999, sendo um deles o de melhor atriz para Gwyneth Paltrow, que na época estava concorrendo com a brasileira Fernanda Montenegro, que concorria por sua atuação em “Central do Brasil”. (Mágoa forever do Brasil!) 

A história é uma adaptação do romance de Deborah Moggach, e que no longa trouxe grandes veteranos do cinema, honrando a experiência dos atores e sem dúvida gerando a facilidade de assistir um filme sem nenhuma atuação forçada.

Judi Dench que também atuou em Shakespeare Apaixonado, e levando a estatueta de melhor atriz coadjuvante,  encarna a delicada Evelyn Greenslade, uma viúva que precisa juntar os cacos de sua vida. O marido a deixou arruinada (pouco amor e muita dívida!)  e ela não tem a menor habilidade para poder quitar a conta deixada para ela.

Após decidir vender a sua casa ela resolve se aventurar pelo mundo e o destino é a incrível Índia, onde pensa encontrar do outro lado do mundo um hotel fantástico, o Marigold, com todo conforto para hóspedes seniores. Juntam-se a ela os demais sonhadores da mesma geração, o casal Douglas (Bill Nighy) e Jean (Penelope Wilton), os incuráveis românticos Madge (Celia Imre) e Ronald (Norman Cousins) e o juiz aposentado Graham (Tom Wilkinson).

A única integrante baixo-astral (a pé no saco de todos) é Muriel (Maggie Smith), que tem sérios preconceitos contra todos os estrangeiros, e ama somente a galera da terra da Rainha, mas acaba indo, já que na Índia ficará mais barato o tratamento médico de que ela precisa para a reparação de um problema na perna.

A viagem vai bem até a grande surpresa de que o Hotel Marigold que, ao contrário das fotos do site, é uma casarão bastante arruinado (“Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada!”).

O dono do hotel, o jovem Sonny (Dev Patel, de “Quem Quer Ser um Milionário?”), se vira nos trinta, participa da dança dos famosos, mas de jeito nenhum pode perder o lote de clientes (ou seja, somente o grupo de aposentados) afinal,  ele está precisando de cada cliente possível para poder reerguer o seu estabelecimento. Ele tanto insiste, esbanjando simpatia, que conquista a maioria e todos acabam ficando. Afinal, eles não têm mesmo nada melhor para fazer e a misteriosa Índia promete emoções novas.

Madge e Ronald partem para o que mais desejam, ou seja, encontrar companhias do outro sexo (safadenhos.com). Graham pesquisa em bairros distantes, à procura de uma pessoa misteriosa de seu passado. As únicas que se recusam a deixar o hotel e descobrir qualquer coisa são Muriel e Jean, apegadas ao passado de uma velha Inglaterra que nem mesmo existe mais.

Madden consegue deixar a história com um ritmo constante, sem entediar o telespectador, e ainda prende a atenção para a história de todos os personagens.  A fotografia não fica para trás, mas também, com cenários e figurinos mega coloridos fica difícil acertar. O filme pode não agradar a grego e troianos, porém, é repleto de mensagens  que nos fazem refletir em diversos pontos, mas o mais importante é o respeito que devemos dar aqueles que fazem parte de uma outra cultura. Não desmerecer alguém somente pelas diferenças nas vestes, cabelo, modo de falar. E sim tentar encontrar o ponto em comum, a ponte que une a distância cultural, e afasta as barreiras que possam existir. 

Por hoje é isso people! O Cine Orna deseja à todos uma ótima sexta-feira e um maravilhoso fim de semana! Fiquem de olho e participem das promoções!

Hasta la vista baby! =*