Uma garota com uma doença terminal e fascinada pelas teorias de Darwin.  Um jovem órfão que usa seu tempo livre para frequentar funerais de pessoas desconhecidas.

 

 

Exibido Pela primeira vez no Festival de Cannes de 2011, “Inquietos” é dirigido pelo Gus Van Sant (“Milk – A Voz da Igualdade“) e traz como principal temática a morte. Os personagens principais, Annabel (Mia Wasikowska de “Alice no País das Maravilhas“) e Enoch (Henry Hopper de “Rebel“), se conhecem em um velório de um conhecido de Ann.  É a partir deste encontro inusitado que a história de amor dos dois jovens começa. Uma história que nem mesmo a morte pode dar fim.

 

O filme gira em torno da perplexidade dos dois jovens, num período em que eles procuram estabilidade entre a adolescência e a vida adulta. Enoch perdeu os pais em um acidente de carro no qual ele estava presente. Desde então o seu principal companheiro é Hiroshi, um Kamikaze que morreu na Segunda Guerra Mundial, uma espécie de amigo imaginário/fantasma. Os dois passam a maior parte do tempo juntos, porém quando Annabel se aproxima mais de Enoch, Hiroshi acaba se distanciando, até sumir.

 

O foco do filme não é a tragédia, ou a dor causada pela morte. Ao contrário disso, a história se desenrola com o casal jovem aproveitando ao máximo cada momento, não como se fosse o último, mas como se fosse o único. Essa atmosfera torna o filme um pouco melodramático, porém, as discussões e brigas acabam distanciando seus caminhos. É na reconciliação, causada pelo agravamento da doença de Annabel, que enxergamos a transformação do casal como uma lição de amor e superação. 

Ao invés de esperar pelo que era certo, Enoch é tomado por um sentimento de esperança, compreendendo que “… a morte é só uma passagem”.

 “Inquietos” é surpreendente e sensível a cada momento. Conta uma história de amor sem fronteiras, que nem mesmo a morte é capaz de interromper. 

 

 

Morrer é fácil, difícil mesmo é amar”. E você que já assistiu “Inquietos” o que achou?