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É Natal, clima de festa, alegria e presentes! Comida gostosa, rever parentes, rever amigos e lembrar das coisas boas da vida. Em meio a este clima festivo, o CineOrna também comemora e lembra de filmes que marcam nossa vida lembrando desta data tão especial. O filme de hoje é “Rudolph: A Rena do Nariz Vermelho”, uma animação infantil, simples, porém profunda.

CineOrna Rudolph: A Rena do Nariz Vermelho | #cineorna

Saindo um pouco dos padrões, irei ignorar as questões técnicas, irrelevantes neste momento, e vou me fixar em analisar o enredo. Aproveitando a lenda da rena do nariz vermelho, que guiou o trenó do Papai Noel, o filme fala sobre preconceito. Rudolf nasceu com uma característica diferente, única e singular, que chama muito à atenção.  Ao longo de seu crescimento, foi ridicularizado em público, foi excluído e inclusive perdeu uma competição por ‘uso ilegal do nariz vermelho’. Em um momento crítico, quando seu pai comentou que o nariz seria um acidente, a jovem rena fica desolada e foge de casa para nunca mais envergonhar a família e nem perturbar a sociedade onde vive. Aqui vale uma observação, uma das coisas que torna o filme tão profundo. A história se passa na vila do Papai Noel, onde deveria ser o lugar mais feliz e amoroso do mundo. Neste lugar, os duendes e as renas, que na memória de todas as crianças e de todo bom ser humano é um lugar de paz, maltratam e humilham o diferente. Nem esse grupo de personagens, um dos mais “puros” de todas as lendas, escapam dos pecados humanos, da crueldade.

CineOrna Rudolph: A Rena do Nariz Vermelho | #cineorna

Crueldade, porém, que não atinge o pequeno ser de nariz vermelho, que sempre acreditou na verdade das palavras. Rudolph, assim como seus colegas, sonha em um dia guiar o trenó do velho Noel. E, como é de se esperar de um filme infantil que procura transmitir uma ideia de valores, ele consegue, mas não depois de ter seu caráter e seu coração postos à prova.

CineOrna Rudolph: A Rena do Nariz Vermelho | #cineorna

O nariz vermelho que brilha traz uma questão interessante. Não é somente um elemento que diferencia Rudolph das demais renas, mas é também um símbolo de esperança. É a luz na escuridão que irá guiar e trazer a salvação tanto para aqueles que o admiravam quanto para aqueles que o subestimavam. Seu reconhecimento e sua conquista se dão através de sua aceitação na sociedade, que acontece somente após o reconhecimento do mais estimado ser que ali vive: Papai Noel. É quase como se ele precisasse de um carimbo de aprovação para ser incluído entre os demais e parar de ser ridicularizado. Isso também é outro elemento que faz deste um filme profundo.

Trabalhando valores e ideias de amizade, amor, caráter e verdade, é uma história linda, emocionante, não só pela questão da nostalgia (para aqueles que adoravam a animação quando crianças, como eu), mas também por transmitir, em um filme de Natal, os verdadeiros valores que deveriam ser exercidos nesta época de comemoração do nascimento de Jesus Cristo. Ele sempre pregou em sua vida os mesmos valores que Rudolf acredita e transmite a seus semelhantes. Mais um elemento de profundidade.

Resumindo, o filme é lindo!!! Não, não tem em 3D. Não, não é um blockbuster. É antigo, talvez até meio careta, mas maravilhoso! Sempre vale a pena rever!

Confira os especiais É NATAL anteriores:

É NATAL | “O Estranho Mundo de Jack por Karen Domingues;

É NATAL | “O Expresso Polar por Marlon Garcia;

É NATAL | “O Natal do Charlie Brown por Gabriel Lisboa.

Veja os especiais de 2012:

É Natal | “O Grinch

É Natal | “Um Natal Muito, Muito Louco

É Natal | “Um Herói de Brinquedo

É Natal | “O Natal Encantado da Bela e da Fera

É Natal | “A Felicidade Não Se Compra

Relembre os nossos especiais de 2011:

É Natal | “Férias Frustradas de Natal

É Natal | “Operação Presente

É Natal | “Tudo em Família

É Natal | “Natal em Família

É Natal | “O Natal dos Muppets

É Natal | “Enquanto Você Dormia

É Natal | “Esqueceram de Mim

É Natal | “Esqueceram de Mim 2: Perdido em Nova York

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