Cada pôster, cada trailer, cada imagem dava a todos nós uma esperança de que esse “Homem de Aço” (“Man of Steel“) seria bem diferente de seu anterior, “Superman: O Retorno“, e posso afirmar que foi. E como foi. Indo para “O Homem de Aço“, na história, Krypton (planeta do Superman) é praticamente uma espécie de paraíso.Se não fosse pelo teor tecnológico adicionado ao local, diria que, por ser tão lindo, seria uma espécie de clone de “Avatar“.  Por um destino nada justo, a região entra em colapso e, com isso, toda o planeta começa a entrar em declínio. E o que era belo, torna-se trágico. Seus pais (Jor-El e Kara)então decidem enviar seu filho para um outro mundo, situado em outra galáxia, chamado Terra (por que sempre nós?), para que o último filho de Krypton viesse a sobreviver. Graças ao nosso amado Russel Crowe, ele sobrevive. Tudo aqui é direto ao ponto. O filme não perde tempo, nada está à toa na história e as explicações tomam a liberdade de serem auto-suficientes. Diferente de algumas produções de Super-Heróis, em especial da Marvel, o filme evita o “fan service” excessivo. O ponto é contar uma história e um ponto-de-vista específico do cinema – o que não quer dizer que os fãs não terão seus pequenos agrados: o filme não pede conhecimento prévio da história do Super-Homem, mas, claro, aqueles que conhecem terão muito mais o que aproveitar. O universo de Clark e companhia está completo – a vila que o rapaz mora com seus pais adotivos é Smallville; Lex Luthor nem é mencionado, mas em Metrópolis, a presença de sua companhia pode ser discretamente sentida. São vários pequenos detalhes, tudo está lá.
12 DE JULHO NOS CINEMAS
 
Homem de Aço“, em essência, é um filme sobre a condição humana. Kal-El/Clark, o Super-Homem, é repetidamente colocado como um tipo de deus em meio aos mortais.Indo além apenas das discussões dos personagens da produção, o diretor soube trabalhar muito bem muito da simbologia cristã, seja com falas que o comparam diretamente a um deus, à uma ótima cena de Clark em uma igreja ou no detalhe que Superman começa sua vida heróica, salvando a humanidade, aos 33 anos,idade em que Jesus teria morrido para… isso mesmo, salvar a humanidade.Ainda na temática do “ser humano”, muito da discussão gira em torno da situação de Clark como alienígena. Além de temas principais da história do filme, notamos o quanto isso afetou seu desenvolvimento como personagem. Flashbacks mostram, por exemplo,como o herói teve problemas para controlar seus poderes quando era criança, como isso lhe trazia problemas. Mesmo adulto, vemos as dificuldades que a condição de “alien” lhe traz. Raramente tivemos a oportunidade de ver um Super-Homem tão fragilizado quanto nesta versão, e essa é, de longe, uma das melhores representações de super-poderes que o cinema já viu.Tudo isso, claro, não seria nada sem uma atuação impecável por toda a equipe, em especial Henry Cavill e suas versões mirim, Dylan Sprayberry e Cooper Timberline. O trio cria um ótimo Kal-El/Clark, além de já parecerem naturalmente com o original dos quadrinhos. A equipe de produção também teve o cuidado de fugir de algumas marcas mais ridículas do herói, como a famosa “cueca” por cima da roupa. Tudo está mais incrível,e até o “S” do uniforme tem uma explicação bem mais plausível.
 
Homem de Aço” é ação ininterrupta do começo ao fim, às vezes excessiva demais até para um filme de super-herói. Mas é também pontuados por alguns breves mas importantes momentos onde a mitologia em torno do herói de capa vermelha é revelada. Visualmente falando, o filme arrepia a cada cena vista, seja ela vindo das fantasias ou dos efeitos especiais – que, por sinal, são magníficos, mas, convenhamos que um filme tão esperado, tinha que ter o que outros não tiveram até então. o filme realmente é uma pérola, seja com efeitos visuais de primeira ou mesmo com um ótimo trabalho de câmera.As cenas de impacto tecnológico são simplesmente espetaculares, levando os fãs da Marvel a momentos de total frustração por não ter tido a oportunidade de ver Nolan, Goyer e Snyder juntos em uma produção de tamanha proporção. O uso da visão de calor é algo bem criativo (os efeitos especiais), pois finalmente, dessa vez é possível ver que sai mesmo de dentro do corpo do herói ou vilão, é possível sentir no ímpeto da alma queimar seus olhos ao vê-los ardendo em chamas, seja lá de que lado esteja vindo.E se você acha que para por aí a questão de efeitos especiais, está enganado, muito enganado. Amir Mokri simplesmente abusou de tudo que podia para fazer com o que a esperança que vem do significado do Símbolo S estampado no peito do herói, viesse passar as sensações reais de se ter uma visão de calor ou um sopro super gelado, ou até mesmo se sentir tão forte quanto o Super.
 

 
Mas se visualmente falando o longa tira de todos os fãs excelentes críticas, a sonoplastia não fica atrás. Hans Zimmer é rei, mestre, Deus, e tudo mais naquilo que faz e de forma soberba. Posso afirmar que cada soco dado no rosto de Zod (ou seja em qualquer parte de seu corpo) vale a pena devido à brilhante trilha sonora aderida ao filme.Não existem contra-indicações para “Homem de Aço”. Falando em Zod, o que podemos dizer da atuação de Michael Shannon senão incrível, o ator realmente encarna o personagem de uma forma que acreditamos que ele é realmente tal personagem de tão cruel. É muito difícil não encontrar pelo menos uma coisa que agrade neste longa que está dominando as bilheterias norte-americanas, e que já tem sequência confirmada, aparentemente para 2014. Assim que chegar aos nossos cinemas, garanta seu ingresso. Num resumo, “Homem de Aço” é o filme que realmente esperávamos do maior ícone da história dos quadrinhos. Praticamente foi se encontrado aquele que sempre escondeu os rastros de sua localização, foi dado a alguns a noção dele ser um anjo da guarda, para outros um fantasma que nunca se adaptou… Agora temos um ideal pelo qual estamos sendo guiados. “Homem de Aço” sim, nos ajudará a fazer maravilhas, e uma dessas façanhas é assistir um longa tão intenso, soberbo e cativante, que é de fazer chorar tudo que é visto num todo. Se a Liga da Justiça tem chance de bater “Os Vingadores“? Hoje posso dizer que tenho esperança.
 
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