Desde que Steven Spielberg começou com esse ‘gênero’ lá em 1975 produzido com seus modestos 9 milhões de dólares, os filmes de tubarões acabaram caindo e chamando a atenção do público, fazendo com que o temor por estes animais acabasse ficando extremamente maior, gerando um medo desses animais e medo até mesmo do oceano, o que ao meu ver é algo totalmente desnecessário, até porque os oceanos são as casas destes animais, e de longe não são máquinas assassinas como vemos nas telonas. Mas enfim, que dá uma bom entretenimento, isso não podemos negar. Neste ano a Warner apostou 150 milhões de dólares para produzir um tubarão gigantesco feito totalmente em CGI, e vamos combinar que nesta parte fizeram muito bem.

 

Mas vamos falar da história, que normalmente não é muito desenvolvida, está não deixa de ser diferente do longa de 1999 ‘Do Fundo do Mar‘. Aonde vemos um experiente cientista oceanógrafo (Winston Chao) que desenvolveu a instalação mais cara de biologia marinha que existe. Com isso eles planejam adentrar na maior profundeza do oceano para descobrir o quão fundo ele realmente é, entretanto eles não sabiam o que iriam encontrar lá. O filme começa com o protagonista (Jason Statham) fazendo o resgate de uma tripulação em um submarino aonde ele acaba sendo atacado pela mesma criatura, aonde ele deixa para trás, companheiros e com isso é acusado de ser um covarde e estar psicologicamente alterado. Mas como a mesma história se repetiu na atualidade, ele é chamado para realizar mais uma vez o resgate dessa nova tripulação.

O longa conta com elenco chinês também, pois temos a co-protagonista que é a filha do cientista (Bingbing Li) que também é uma especialista na área de biologia marinha além de ser uma piloto de pequenos submarinos. No longa ela é o affair de Statham, mas isso meio que fica no ar subentendido. Temos a filha da mesma que faz um papel da menininha fofinha que precisa ser protegida, mais para encher o elenco mesmo. Temos alguns personagens de roteiro fraco demais e com esteriótipos bem explícitos como a engenheira hacker (Ruby Rose), o alívio cômico (Page Kennedy), o bilionário investidor (Rainn Wilson) e até uma pequena ponta de Masi Oka que fazia o papel de Hiro no seriado Heroes.

A trama em si se baseia no fato de tentarem destruir o animal depois que ele escapa das profundezas do oceano. E o longa se aprimora nisso, com cenas, obviamente, absurdas aonde o impossível se torna real com exageros absurdos e com o seu maio defeito ao meu ver que é o do roteiro vazio dos personagens. Eles não cativam, com exceção de de Statham que é o personagem Bad Ass que faz tudo e não tem medo de nada. O longa tenta dar medo, e confesso que em alguns determinados momentos ele consegue isso, a trilha ajuda um pouco. Mas a falta de seriedade e tensão que vimos em outros filmes como o primeiro ‘Jaws‘ é o que faz o filme em determinados momentos se tornar muito galhofas.

 

O que mais me incomodou foi a falta de dimensão na construção do animal. Para um tubarão gigante, a maneira como ele foi mostrada foi um tanto quanto ridícula, pois um ser tão grande, deveria causar várias ondulações e afins dentro na água e ao estar próximo dos barcos e navios, e não é o caso, mais parece um golfinho que deixa uma ondinha ao passar do lado. Sem contar que em determinados momentos ele parece ter 20 metros e em outros parece ter 50, com uma boca gigantesca que engole tudo, mas focam em aparecer ele dando mordidas? Enfim, um longa dessa proposta automaticamente foi feito para não se levar a sério, entretanto, um filme que tenta contar a história do Megalodon que foi o maior tubarão já existente, poderia ter sido um pouquinho melhor no quesito roteiro. Mas como o filme é de tubarão, ele basicamente se resume em matança desenfreada e com poucos sobreviventes no final. É um filme para ver uma vez e ponto.


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