Revisitar os chamados “contos de fadas” parece ser de grande interesse dos grandes estúdios nos últimos anos, seja criando continuações (em alguns casos, prequências) não originais ou pegando os contos desde seu ponto de partida e neles acrescentando novos elementos que possam atrair o público. “Jack: O Caçador de Gigantes” é a aposta da Warner e do diretor Bryan Singer (conhecido por seu trabalho como produtor e diretor nos filmes da saga “X-Men“) em adaptar a fábula do “João, Pé de Feijão”, envolvendo desta vez um reino que outrora travou guerras contra os gigantes, tais feitos se tornando lendas com o passar dos séculos, estas as preferidas de Jack (Nicholas Hoult) e da princesa Isabelle (Eleanor Tomlinson) durante a hora de dormir, fazendo-os ansiar desde crianças por suas próprias aventuras. Desde já vale a pena citar a muito bem realizada no início do filme, conectando as duas crianças de classes diferentes por meio da estória em comum narrada por seus pais e ainda trazendo elementos de animação a la Shrek.

 

O elenco traz atores conhecidos e carismáticos ao público, como Ewan McGregor interpretando o guarda real Elmont, Ian McShane como o Rei Branwhell e Stanley Tucci na pele do Lorde Roderick, passando a sensação de que estavam realmente se divertindo nos sets, a maior parte da descontração presente no primeiro ato, que se mostra ágil principalmente ao mostrar que Roderick já possui dois itens que serão essenciais à trama posteriormente e quando a comitiva da guarda real aceita Jack com pouca implicância durante a escalada no pé de feijão. Os demais atos, no entanto, vão perdendo força ao passo em que os gigantes passam a aparecer em cena, não pelo fato de não funcionarem como personagens, pelo contrário, mas pela inverossimilhança das texturas de pele, cabelos e até mesmo os olhos, efeitos que ainda seriam convincentes na época de “Piratas do Caribe: O Baú da Morte“. 

 

 

Em tempos em que o cinema apresenta criaturas cada vez mais verossímeis, como o tigre Richard Parker de “As Aventuras de Pi“, os Na’vi de “Avatar” e até mesmo Gollum e outras criaturas fantásticas da Terra-média receberam um maior cuidado em seus visuais. A artificialidade da maioria dos gigantes é tão notável que infelizmente nos faz perder a imersão até que a câmera volte para os atores reais. Com uma fotografia 3D ocasionalmente bem empregada, o longa consegue divertir trazendo boas sequências de ação e doses de humor em diversos pontos, sem querer parecer uma trama complicada, como vem acontecendo com obras semelhantes. 

 

O filme chega aos cinemas nessa sexta-feira, 29 de Março

Tem promoção do filme rolando aqui no CineOrna (AQUI);

Confira a crítica do filme por Maiara Tissi (AQUI);

Confira a crítica do filme por Isabele Orengo (AQUI). 

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